Presidente do Atlético diz que Flamengo e Corinthians ‘freiam’ acordo na Liga

Sérgio Coelho explica as divergências que atrapalham acordo em LFF e Libra; presidente do Galo espera que rivais cedam

Enquanto a bola rola pelas principais competições no país, dirigentes dos clubes se movimentam nos bastidores para um acordo entre a Liga Forte Futebol e a Libra, para a criação de um novo modelo no Brasil. Porém, de acordo com Sérgio Batista Coelho, presidente do Atlético, dois gigantes criam barreira para que o martelo seja batido.

A ideia do mandatário do Alvinegro é que 40 clubes, divididos em 20 da Série A e outros 20 na Série B firmem acordo; sem isso, para ele, não há viabilidade para realização de campeonatos.

“Temos três pontos que dificultam o acerto entre os 40 clubes. Um deles acho que conseguiremos negociar, que é a questão da unanimidade; assim como o segundo: a parte que vai das receitas da Liga para a Série A e para Série B. O grande problema é o mínimo garantido, que Flamengo e Corinthians estão querendo. Eles querem que a gente garanta a eles o que já recebem hoje da TV”, explica Coelho à Itatiaia.

“Os dois e o Grêmio conseguiram isto em 2016, pois negociaram bem. Naquele momento não existia critério para a divisão da receita entre os clubes. A televisão negociou com cada um. Atlético e Cruzeiro receberam uma luva e hoje recebem R$ 20 milhões de pay per view. O Internacional, por exemplo, recebe o mesmo que nós, mas não teve esta luva. O Grêmio tem um mínimo garantido de R$ 45 milhões; o Flamengo, de R$ 180 milhões. Se não tivesse este mínimo, receberia R$ 90 milhões”, acrescenta.

Uma grande aliada da Liga Forte Futebol é Leila Pereira, presidente do Palmeiras, clube integrante da Libra. Ela também não concorda com o molde proposto pelo rival Corinthians e pelo Flamengo.

“Em 2025, Flamengo não terá mais (a garantia). Na nossa conta, passaria a ter direito a R$ 90 milhões de pay per view e mais R$ 70 milhões de televisão (aberta). Como vai vender 20% dos direitos para um fundo, tem direito a R$ 128 milhões. Projetando para este ano, o que podemos garantir (ao rubro-negro) é R$ 140 milhões”, explica o presidente.

“O Flamengo faz uma conta diferente e quer receber R$ 275 milhões em 2025. E não quer diminuir os 20% que vai para o fundo. Todos os valores que recebe desde 2016, quer que sejam garantidos até 2029, assim como o Corinthians, e nós não concordamos com isso”, finaliza.

A Liga Forte Futebol (LFF) e a LIBRA têm, cada uma, um fundo de investimento que comprará 20% da futura Liga. Na LFF, é o Serengeti, na LIBRA, é o Mubadala. No caso do Alvinegro, os 20% renderiam R$ 200 milhões por 50 anos.

As informações são da Rádio Itatiaia, associada AMIRT.

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