Presidente da AMIRT esclarece que Rádios AM permanecerão em atividade

O Futuro do Rádio AM no Brasil: Migração, Desafios e Perspectivas

Foto: AMIRT

O presidente da Associação Mineira de Rádio e Televisão, Mayrinck Pinto de Aguiar Júnior, reafirmou recentemente que o rádio AM continuará a existir no Brasil, contrariando especulações sobre sua extinção. Essa afirmação surge após uma decisão do Ministério das Comunicações (MCom) em 2022, que estabeleceu um prazo até 31 de dezembro daquele ano para que rádios AM locais de baixa potência migrassem para FM ou AM regional, com maior alcance. As que não realizassem essa transição seriam extintas, resultando no fechamento de algumas emissoras.

Mayrinck destaca que as rádios AM de alcance regional e nacional têm permissão para continuar operando normalmente e, se desejarem, podem efetuar a mudança de frequência posteriormente. Em Minas Gerais, cerca de 150 emissoras optaram pela migração para FM ou AM regional.

O dirigente da Associação ressalta que as rádios AMs de classe C, consideradas de baixa potência, foram mais impactadas pela medida. No entanto, muitas delas já haviam decretado sua própria extinção ao migrar para a faixa FM. A adesão geral à migração no Brasil foi de 96%, evidenciando o benefício da transição para emissoras e ouvintes.

Na região metropolitana de Belo Horizonte, começou em 2023 a migração das AMs para a faixa estendida FM (eFM), entre 76,1 e 87,3 MHz. Várias emissoras, como Rádio Capital, Rádio Itatiaia, Rádio Aurilândia e Rádio Atalaia, estão no processo de migração. Contudo, dois problemas impactam a faixa estendida: a inexistência dela na maioria dos receptores atuais e a demora na liberação desses canais, que compreendem os canais 5 e 6 da TV analógica.

O governo planeja incentivar a presença do FM estendido nos novos receptores, mas isso demandará tempo. Enquanto isso, as AMs que migrarem para o FM estendido provavelmente continuarão operando em AM por um período, permitindo que a audiência se adapte à mudança. O desligamento dos canais analógicos da TV, que compõem a faixa estendida, iniciou em 2016, mas a demora e alterações no cronograma representam desafios para as rádios que buscam essa transição.

Dessa forma, o rádio AM no Brasil enfrenta transformações significativas, marcadas pela migração para FM ou AM regional, a adoção da faixa estendida FM e os desafios relacionados à disponibilidade em receptores e à liberação de canais. O cenário futuro dependerá da capacidade de superar esses desafios e adaptar-se às mudanças tecnológicas.

Ouça o áudio do presidente da AMIRT, Mayrinck Pinto de Aguiar Júnior:

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