Prefeitura descarta uso de vans como alternativa de transporte coletivo em Uberaba

Deflagrada nesta terça-feira (11), a greve dos motoristas do transporte coletivo exige mudanças no cotidiano uberabense. Com redução da frota em 20%, boa parte dos cidadãos começa a se preocupar com a aglomeração nos ônibus restantes, e procura a Prefeitura de Uberaba para identificar possíveis alternativas.

Movimento grevista atravessa veículos na garagem para impedir saída de ônibus nesta manhã

O uso das vans escolares contratadas pelo município continua sendo a principal sugestão dos uberabenses. Contudo, de acordo com o secretário de Defesa Social (SDS), Glorivan Bernardes, a gestão não tem respaldo jurídico suficiente para alterar os contratos dos veículos, locados na secretaria de Educação.

“Alguns aventam a possibilidade de vans sob contrato, mas não há possibilidade jurídica. As vans são alocadas e pagas com recursos da Educação, e com contratos específicos para esse fim. Isso é divagar sobre temas que as pessoas acham fáceis de resolver, mas não são. Sem falar que as vans transportam 13 pessoas, mas teríamos que transportar só cinco, de acordo com o decreto. É inviável”, informa Glorivan.

Desta forma, para resolver o imbróglio com o Sintracol, que representa os motoristas do transporte público, a única saída é recorrer aos governos estadual e federal para facilitar a vacinação da categoria. A Prefeitura conta com a agilidade do recebimento de doses para garantir o resultado.

“O que se tem que fazer é negociar à exaustão, procurar os meios mais rápidos possíveis para a vacinação. Tivemos um aceno da Ana Vera Abdanur [coordenadora de vacinação] que com o avanço da vacinação, muito provavelmente em junho já comecemos a vacinar os profissionais. Entre eles, os motoristas. Esse é outro argumento que vamos apresentar em reunião com o sindicato”, finaliza o secretário.

Parados desde março do ano passado, os motoristas das vans escolares endossaram, recentemente, o pedido de realocação em outros setores. De acordo com a presidente do Sindicato dos Transportadores de Escolares (Sintesc), Maria Goretti Elias, o setor mais prejudicado na pandemia é a categoria deles. E os profissionais estão se desdobrando para encontrar algum tipo de renda. “As vans estão paradas, totalmente paradas, tem gente que tem carro e faz corrida em aplicativo, tem gente trabalhando de servente de pedreiro, gente nas mais variadas condições, mas nas vans mesmo não encontramos trabalho em parte alguma, infelizmente”, explica.

Postado originalmente por: JM Online – Uberaba

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