A Polícia Federal prendeu na manhã desta quinta (29), em São Paulo, o advogado José Yunes, ex-assessor da Presidência da República.
Apesar de a PF dizer que não se manifestará sobre a prisão, a defesa do advogado classificou como ilegal a prisão de Yunes.
O advogado de defesa de José Yunes afirmou em nota que “É inaceitável a prisão de um advogado com mais de 50 anos de advocacia, que sempre que intimado ou mesmo espontaneamente compareceu a todos os atos para colaborar. O advogado de Yunes, José Luís de Oliveira Lima, afirma que a prisão ilegal é uma violência contra José Yunes e contra a cidadania”.
Em novembro do ano passado, Yunes prestou depoimento à Polícia Federal no âmbito do inquérito que investiga o decreto presidencial que aumentou o prazo dos contratos de concessão de áreas portuárias. A polícia investiga se houve propina por parte da empresa Rodrimar para a edição do decreto.
O governo alega que a empresa investigada, a Rodrimar, não foi beneficiada por esse decreto.
Em 2016, Yunes pediu demissão do cargo de assessor especial da presidência da República depois de ser acusado nas delações da Odebrecht de receber propina da empreiteira para o MDB na eleição de 2014.
O partido afirma que as doações da Odebrecht foram todas legais e registradas na justiça. Já o presidente Temer sempre negou as acusações sobre o decreto dos portos.