Dos cinco mil casos de desaparecimento registrados em Minas Gerais, 150 são de idosos. Isso representa 3% do total registrado no estado, conforme dados da Polícia Civil. A demência é uma das causas mais comuns de desaparecimento já que leva à perda de memória e raciocínio.
Um caso de desaparecimento em Machado/MG terminou com a morte de uma idosa de 75 anos na semana passada. Dona Gercília Rizzo, tinha o hábito de sair de casa diariamente, porém voltava antes do anoitecer.
“Ficamos muito preocupados se ela estava com frio, com fome, se estava abrigada e se tinha alguém cuidando dela. Nossa esperança é que ela estivesse na casa de alguém ali na zona rural”, relata a neta Jéssica de Oliveira de Souza Alves.
Do total de idosos desaparecidos em Minas, apenas 81 foram encontrados. Segundo o delegado Juliano do Lago, é preciso buscar ajuda o mais rápido possível.
“Primeira recomendação da gente é procurar a polícia. Seja uma delegacia ou quartel da polícia militar para informar a situação. Porque a partir do momento que registra a ocorrência, o cadastro de pessoa desaparecida é preenchido e essa informação é difundida para toda Minas Gerais. Então fica mais fácil a localização por qualquer agente de segurança que venha a encontrar essa pessoa”, alerta.
Reconhecer os sintomas de demência também é fundamental. Segundo Edvaldo José Rodrigues, professor de Neurologia da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG), é preciso ter atenção a pequenos sinais.
“O Alzheimer é a doença degenerativa mais comum. A família precisa prestar atenção em detalhes, da pessoa que esquece pequenas coisas. Demência é o nome que se dá, cientificamente, para esta perda de memória. Ela pode ter várias causas. Quem pode identificar isso é o clínico. Não deixe de levar a pessoa da sua família que está ficando se ela tiver pequenas falhas”, adverte.
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Postado originalmente por: Portal Onda Sul – Carmo do Rio Claro
