O Governo do Estado e a Polícia Militar de Minas Gerais emitiram nota sobre o episódio de invasão ao Palácio da Liberdade durante manifestação de Militares (ativa e reserva), na capital mineira, na tarde de hoje (6). Os servidores da segurança pública decidiram que vão passar a noite no local. Entre os manifestantes estão bombeiros, policiais militares e civis e agentes penitenciários, que já começam a montar o acampamento com barracas.
Veja a nota do governo. “O governo estadual condena veementemente a irresponsabilidade do ex-policial, já protagonista de outros episódios vergonhosos, que insuflou nesta quarta-feira (6) uma claque a invadir o Palácio da Liberdade. Graças à ação e ao trabalho responsável da Polícia Militar, o cenário em Minas Gerais é de queda dos índices de criminalidade. A tentativa de desestabilizar a área de Segurança, que apresenta os melhores resultados dos últimos 7 anos, é ainda mais perigosa diante dos ataques criminosos a ônibus em 26 municípios mineiros. Trata-se de lamentável oportunismo político que ignora a crise herdada de gestões passadas e as limitações da LRF. Mesmo no cenário de crise, o governo honrou aumentos concedidos antes de 2015 e chegou a reajustar em 15% os salários dos policiais militares em abril daquele ano. O mesmo compromisso tem sido demonstrado com os pagamentos referentes a pensão e saúde no âmbito do IPSM”.
A Justiça mineira determinou, na noite desta quarta-feira (6), a reintegração de posse imediata do Palácio da Liberdade, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, ocupado desde a tarde por servidores militares que protestam por melhoriais salariais e de benefícios. Uma ação proposta pela Advocacia Geral do Estado (AGE) pedia, além da reintegração, a prisão das lideranças da manifestação, incluindo o deputado estadual Sargento Rodrigues (PTB).
Caso o pedido de reintegração de posse não seja atendido pelos sindicatos e associações, as lideranças militares identificadas no protesto também seriam multadas em R$ 50 mil por hora de descumprimento da medida.
NOTA CONJUNTA – PMMG E CBMMG
Prezados Militares Estaduais,
Nesta tarde, ocorreu uma manifestação em frente ao Palácio da Liberdade que contou com a presença de cerca de 500 (quinhentos) servidores da segurança pública, a qual culminou com a invasão dos jardins do Palácio da Liberdade, instigada pelas lideranças do movimento.
Inobstante à faculdade constitucional à livre manifestação, bem como à legítima luta por direitos, de qualquer classe profissional que seja, cumpre esclarecer a todos o seguinte:
1) Toda manifestação pública deve ser pacífica e ordeira, seguindo os ditames constitucionais, especialmente quando realizada por aqueles que tem como missão a manutenção da ordem pública;
2) Os manifestantes “fecharam” o trânsito e invadiram, forçadamente, o interior do Palácio da Liberdade, e mantendo-se em situação de acampamento naquele local;
3) Ressalta-se que o referido movimento, da maneira como está sendo conduzido pelas lideranças, prejudica e interrompe todo um processo de negociação que os comandos das corporações vinham estabelecendo junto ao governo do Estado, e que caminhava com perspectivas positivas para a solução das atuais demandas que afligem a todos militares estaduais;
4) Ao percorrermos os sites da imprensa e redes sociais, constatamos uma reação extremamente negativa da população em desfavor do movimento, colocando de maneira contundente a opinião pública contra os integrantes das instituições de segurança do estado;
5) Fica evidente que o movimento foi organizado por pessoas que possuem interesses meramente eleitoreiros e polítco-partidários, e que a forma como foi conduzido em nada acrescenta aos interesses da classe da segurança pública.
Prezados Militares Estaduais,
Nesta tarde, ocorreu uma manifestação em frente ao Palácio da Liberdade que contou com a presença de cerca de 500 (quinhentos) servidores da segurança pública, a qual culminou com a invasão dos jardins do Palácio da Liberdade, instigada pelas lideranças do movimento.
Inobstante à faculdade constitucional à livre manifestação, bem como à legítima luta por direitos, de qualquer classe profissional que seja, cumpre esclarecer a todos o seguinte:
1) Toda manifestação pública deve ser pacífica e ordeira, seguindo os ditames constitucionais, especialmente quando realizada por aqueles que tem como missão a manutenção da ordem pública;
2) Os manifestantes “fecharam” o trânsito e invadiram, forçadamente, o interior do Palácio da Liberdade, e mantendo-se em situação de acampamento naquele local;
3) Ressalta-se que o referido movimento, da maneira como está sendo conduzido pelas lideranças, prejudica e interrompe todo um processo de negociação que os comandos das corporações vinham estabelecendo junto ao governo do Estado, e que caminhava com perspectivas positivas para a solução das atuais demandas que afligem a todos militares estaduais;
4) Ao percorrermos os sites da imprensa e redes sociais, constatamos uma reação extremamente negativa da população em desfavor do movimento, colocando de maneira contundente a opinião pública contra os integrantes das instituições de segurança do estado;
5) Fica evidente que o movimento foi organizado por pessoas que possuem interesses meramente eleitoreiros e polítco-partidários, e que a forma como foi conduzido em nada acrescenta aos interesses da classe da segurança pública.
Solicitamos, pois, de todos policiais e bombeiros-militares muita reflexão, temperança, e responsabilidade para com a sua respectiva instituição, para com a sociedade e também para com suas famílias.
Reafirmamos que, apesar da situação desconfortável da nossa classe em relação ao escalonamento de salários, IPSM, e outros direitos em atraso, é inegável que o país e o Estado de MG vem passando por uma situação de grave crise financeira, e que, mesmo assim, muitas demandas levadas pelos comandos ao governo do estado ( quitação dos salários na segunda escala, recebimento do décimo-terceiro salário, quitação integral da indenização de fardamento, retomada do pagamento das férias-prêmio, etc) foram atendidas, colocando as corporações militares com um tratamento diferenciado, minimizando os impactos dessa crise.
Por fim, ressaltamos que essa deferência no tratamento decorre do trabalho dedicado e eficiente de todos militares estaduais, sendo esta uma condição indispensável para a luta por melhorias da nossa classe, assim como para o reconhecimento e o respaldo da população mineira.
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Manifestantes invadem o Palácio da Liberdade, divinopolitanos participam do movimento
Postado originalmente por: Portal MPA