PJF esboça projetos para melhorias da drenagem urbana

A Câmara Municipal de Juiz de Fora realizou, na tarde desta quarta-feira (10), audiência pública para debater os planos da Prefeitura para minimizar os efeitos de alagamentos provocados pelas chuvas na cidade. O tema também foi alvo de discussões realizadas na Casa pela manhã, quando o diretor-presidente da Cesama, Júlio Teixeira, analisou algumas medidas que devem ser trabalhadas em breve para tentar melhorar o sistema de drenagem pluvial do município. Entre as soluções sugeridas, destaque para a sinalização da construção de estruturas de contenção de águas das chuvas em pontos estratégicos da cidade, como na Cidade Alta e no Vale do Ipê. Tais projetos, contudo, ainda precisarão ser desenvolvidos.

“Juiz de Fora conta hoje com nove mil bueiros. Para chegarmos a um estágio ideal, precisamos de recursos na ordem de R$ 680 milhões, pois obras de drenagem são caras. Por isso, são necessárias também ações complementares como a criação de um órgão gestor, o estabelecimento de uma fonte de renda e a criação de uma lei municipal que discipline o setor, evitando intervenções de canalização, entre outras”, avaliou Júlio, que também coordena o grupo de trabalho de infraestrutura urbana da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) criado na gestão da prefeita Margarida Salomão (PT).

Durante audiência pública, vereadores debateram com direção da Cesama propostas para sanar problemas de alagamentos na cidade (Foto: Assessoria de Imprensa CMJF)

Ao comentar que uma solução para todos os problemas de drenagem da cidade custaria cerca de R$ 680 milhões, Júlio Teixeira mostrou-se pessimista ao pontuar a impossibilidade do município de dispor de tais valores. “Isso corresponde à capacidade de investimento da Cesama de 14 anos.” Para minimizar os problemas, ele defendeu, por exemplo, uma atualização das leis urbanísticas da cidade, uma vez que, além de fatores climáticos, considera que o adensamento e a impermeabilização do solo do município contribui para a situação, que parece se agravar ano a ano.

Júlio Teixeira disse ainda que situações específicas serão estudadas, como a adoção de bacias e barragens de contenção já citadas. Assim, sinalizou que a atual Administração vai focar na efetivação de planejamentos e medidas de mitigação ao longo do período de seca. Como exemplo, citou incidências vistas no Bairro Mariano Procópio, em que poderão acontecer conversas com a MRS Logística, concessionária que administra a malha ferroviária que corta a cidade, para buscar parcerias para a execução de obras. “Pretendemos fazer uma série de projetos e depois ajudar a Secretaria de Obras na captação de recursos”. A situação de outras regiões da cidade também foram abordadas, como a do Bairro Industrial.

A audiência pública foi realizada atendendo a um requerimento assinado pelo vereador Bejani Júnior (Podemos). Já a reunião da manhã foi proposta pela Comissão de Urbanismo, Transporte, Meio Ambiente e Acessibilidade da Casa e teve como objetivo discutir ações sustentáveis, para minimizar os transtornos causados pelas chuvas na cidade. Além de Júlio Teixeira, também participaram outros representantes da Prefeitura como a secretária de Governo, Cidinha Louzada; o secretário de Obras, José Walter Ávila; e as diretoras-presidentes da Empav, Ana Lúcia Damasceno; e do Demlurb, Gisele Pereira Teixeira.

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Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora

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