PJF corre para viabilizar aulas remotas pela TV

A Câmara Municipal de Juiz de Fora realizou uma audiência nesta terça-feira (25) para debater o desenvolvimento das atividades para a implementação de um sistema de aulas remotas na cidade, por conta das restrições provocadas pela pandemia da Covid-19. Na reunião, proposta pelos vereadores Carlos Alberto Mello (Casal, PTB) e Júlio Obama Jr. (Podemos), os secretários municipais de Educação, Denise Franco, e de Governo, Ricardo Miranda, ressaltaram que a Prefeitura trabalha para finalizar os editais de pregões para a contratação de uma empresa para a gravação de conteúdo audiovisual e de um canal televisivo para a veiculação do material, que também deve ser exibido dentro da grade da JFTV Câmara, canal mantido pelo Poder Legislativo.

“Estamos concluindo uma primeira leva de programas para serem exibidos dentro da grade da JFTV Câmara e, ao mesmo tempo, estudando uma forma de contratar um canal de TV para os programas serem reprisados ao longo do dia, para viabilizar a vida dos pais”, explicou o secretário de Governo. Ainda de acordo com Ricardo Miranda, após a Prefeitura ter foco redobrado nas ações da Secretaria de Saúde nos primeiros meses da pandemia na cidade, boa parte das baterias agora estão voltadas para a busca de soluções para o sistema de educação municipal, cujas aulas foram prejudicadas por conta das restrições e suspensões de atividades motivadas pela epidemia.

Parceria com a Fundação Lemann

Sobre a implementação das aulas remotas, a secretária de Educação, Denise Franco, lembrou que as atividades se darão dentro do projeto “Cadinho de Prosa”, apresentado pela PJF em maio. O projeto foi elaborado pela Secretaria de Educação com objetivo de favorecer articulações pedagógicas em tempos de isolamento social. Denise lembrou que, em um primeiro momento, a adoção das aulas remotas ainda esbarra em aspectos técnicos que devem ser superados com a realização do pregão.

O programa “Cadinho de Prosa” deve ser reforçado por outra iniciativa, intitulada “Vamos Aprender”, como foco no desenvolvimento de outras atividades e competências dos alunos da rede. O projeto será viabilizado por acordo firmado com a Fundação Lemann, que vai disponibilizar 320 programas pedagógico, que envolvem desde vídeos interativos, com conteúdo didático e exercícios, até textos e orientações. Todas as áreas de conhecimento são contempladas no conteúdo.

“Tivemos problemas com a gravação. É um problema de diversas cidades e estados. Nenhuma Secretaria de Educação tinha disponível uma estrutura para estas gravações”, considerou. Para a secretária, os pregões também darão um caráter republicano às ações ora encaminhadas pela Prefeitura, de forma que, caso esta seja a opção do futuro comando da Prefeitura a partir de janeiro de 2021, as ações possam ser mantidas na próxima gestão. “Não podemos pensar em um período apenas até 31 de dezembro. Imaginamos que, no início do ano que vem, teremos que adotar um modelo de ensino híbrido”, avaliou Denise.

O secretário de Governo descartou a possibilidade de retorno das aulas presenciais no momento. “Estamos caminhando para uma estabilização e já trabalhamos com uma perspectiva de queda”, disse o secretário, com relação aos indicadores da pandemia na cidade, justificando os esforços redobrados nas ações de educação no momento. Porém, reforçou que, do ponto de vista sanitário, ainda “não há segurança para retorno de aulas presenciais”. “Não trabalhamos com essa perspectiva imediata”, frisou.

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Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora

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