Os estudos estão sendo realizados pelas Universidade Federal de Lavras e Alfenas
Pesquisadores das Universidade Federal de Lavras e Alfenas, na região Sul de Minas Gerais, estão realizando estudos com as frutas araçá, buriti, cajá, cagaita, gabiroba, mangaba, marolo e pequi, nativas da região, para provar seu valor nutricional e também para desenvolver alimentos funcionais.
Na cidade de Lavras, os cientistas da Ufla estão elaborando alguns projetos com as frutas, um deles é o de sucos com frutas mistas do cerrado.
Os sucos funcionais visam promover saúde, bem-estar e também solucionar sintomas e sinais clínicos individuais. Nesta primeira etapa, a pesquisa está sendo feita com araçá, buriti, cajá, cagaita, mangaba e marolo.
Outro produto que está sendo confeccionado é os cookies de frutos do cerrado. No lugar da farinha de trigo é usado a farinha com pequi, marolo e gariroba. Conforme Eduardo Valério Vilas Boas, coordenador do Núcleo de Estudos em Pós-colheita de Futas e Hortaliças (NPC), a farinha leva composições de 20% dos três frutos.
Ainda segundo Eduardo, por meio dos testes feitos em laboratório, foi comprovado que o pão confeccionado com essa farinha aumenta a ingestão de fibras e pode ser usado por pessoas diabéticas.
Já em Alfenas as pesquisas estão direcionadas ao marolo e sua importância econômica para a cidade de Paraguaçu.
De acordo com a pesquisa do professor de Tecnologia de Alimentos da Unifal, Bruno Martins Dala Paula, o consumo de marolo tem efeitos funcionais e contribui para a longevidade.
A historiadora Gilmara Aparecida de Carvalho, parceira das universidades da região e integrante da Associação Terra do Marolo, afirmou que a ideia do projeto é valorizar as frutas do bioma cerrado e a cultura do marolo na cidade.
