Minas Gerais registrou, pelo segundo dia consecutivo, recorde no número de mortes pelo novo coronavírus. Foram 152 óbitos em 24 horas. Na terça-feira, eram 149. O total no estado chega a 33.195, segundo o boletim epidemiológico divulgado ontem. Ao todo, 139.661 pessoas se infectaram pela doença, 108.364 se recuperaram e 28.102 casos estão em acompanhamento. O secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, atribuiu o recorde à mudança de metodologia de notificação dos óbitos. Segundo ele, o número alto não indica o pico da curva da doença em Minas, mas demonstra a defasagem entre a data em que ocorreu a morte e o registro oficial junto à Secretaria de Saúde. O atraso podia chegar a 10 dias. “Nesta semana, estamos fazendo a sincronização com o Sivep Gripe. Teremos algumas mudanças ao longo da semana, até que o sistema fique equilibrado”, afirmou.
Carlos Eduardo Amaral afirmou que a mudança deixará as estatísticas mais precisas, porque estava ocorrendo duplicidade no registro de pelo menos 50 óbitos. O secretário afirmou que Minas pode não ter pico da doença, mas atravessar um platô, quando se mantém o número de casos e mortes em determinado patamar por um período mais longo.
O secretário disse também que o estado passará por um planalto, em referência ao número de casos e mortes considerado elevado. Esse comportamento da curva teve início em meados de julho, mas não é possível prever até quando seguirá. No entanto, o secretário acredita que essa tendência deve seguir até meados deste mês. Depois desse prazo, caso sejam mantidas as medidas de isolamento social, os números podem cair.
BRASIL SE APROXIMA DE 100 MIL MORTOS
O Brasil registrou 57.152 novos casos de COVID-19 e 1.437 mortes pela doença de terça-feira para ontem e se aproxima dos 3 milhões de infectados e 100 mil óbitos, segundo o Ministério da Saúde. Foram infectados 2.859.073 pessoas e 97.256 morreram. Se, por um lado, não há previsão para que o país se veja livre do vírus, com taxas de transmissão com nível descontrolado, a boa notícia é que mais de 2 milhões de brasileiros que contraíram o vírus e tiveram o diagnóstico confirmado estão curados da doença.
A porcentagem de recuperados está em 70,7%, atualmente. Nas últimas semanas houve um aumento nesses índices e os técnicos atribuem essa melhora aos esforços dos profissionais da saúde, aliados ao aumento do número de testagens, detectando casos menos graves e ainda nos primeiros estágios da contaminação. No entanto, a situação da doença no Brasil está longe de ser controlada. Próximo de atingir a marca de 100 mil mortes pela doença, o país tem 20 estados e o Distrito Federal com mais de mil óbitos pelo novo coronavírus. Somente seis ficaram de fora da lista e têm menos de mil vítimas da COVID-19: Rondônia (918), Amapá (588), Acre (547), Roraima (532), Mato Grosso do Sul (442) e Tocantins (415).
Quase todos os municípios do país já registraram casos e só 67 cidades ainda não têm nem um caso confirmado dentro dos próprios limites. Já quando se avaliam as cidades que já confirmaram mortes, esse número é menor. “Temos 3.627 cidades com óbitos, sendo que 1.523 identificaram um óbito na última semana. A grande maioria tem registros de um a 10 óbitos”, declarou o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Correia.
Fonte: Estado de Minas
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Postado originalmente por: Portal Onda Sul – Carmo do Rio Claro