O vírus do Nilo Ocidental, que leva à morte, originário de aves silvestres pode ser transmitido para outros animais e humanos
O vírus do Nilo Ocidental foi detectado pela primeira vez em Minas Gerais. A descoberta, realizada pela UFMG, foi divulgada nessa segunda-feira (3) pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).
A doença originária de aves silvestres, que pode ser transmitida para outros animais e humanos por meio de mosquitos infectados, foi constatada em cavalos que adoeceram entre 2018 e 2020. Ainda não há caso registrado em pessoas.
Entretanto, se atingir humanos, pode levar à morte. Os principais sintomas da doença são dor de cabeça, vômito, febre e cansaço. Porém, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que cerca de 80% dos infectados não apresentam sintomas.
As formas mais graves da doença podem levar a meningite e encefalite, atingindo um em cada 150 infectados.
Além de Minas, o vírus foi encontrado em Piauí e São Paulo. Pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz, da Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Universidade Federal do Piauí (UFPI) conduziram o estudo.
Os cientistas ainda sequenciaram o genoma completo dos micro-organismos nos três estados, pela primeira vez.
De acordo com Luiz Alcantara, coordenador do estudo, ” esclarecer os casos suspeitos é importante para detectar a presença do vírus na região e previr a transmissão para os rebanhos equinos e as pessoas.”
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