Na última semana, o meia acionou o clube pedindo R$20 milhões
Desde a repercussão negativa da torcida do Atlético sobre a chegada do meia Thiago Neves, ex Cruzeiro, a diretoria do clube alvinegro e seus advogados tiveram que trabalhar bastante. Isso porque, depois de dispensarem o jogador que, segundo ele, estavam com contrato pré-assinado, o meia acionou o clube na Justiça pedindo R$20 milhões.
A Itatiaia, rádio da capital mineira, entrevistou dois profissionais da área judicial para debaterem sobre o assunto. Marcelo Baltar Bastos, advogado especialista em Direito Trabalhista, acredita que o Atlético tem razão na causa por falta de comprovações concretas das assinaturas do contrato. Sem o acordo, nenhuma outra prova é válida, o que inclui as mensagens de aplicativo, áudios e emails trocados entre jogador e clube.
Por outro lado, Gustavo Lopes, advogado especialista na área de Direito Desportivo, diz que tais conversas são válidas sim como prova. “Se o Atlético disse: ‘Thiago Neves, eu quero te contratar por salário de R$ 300 mil por mês por dois anos. Você aceita?’. E ele diz: ‘Aceito’. Pronto. Ali tem um contrato entre as partes. Contrato vem do latim ‘contractum’, quer dizer, com um trato. Ou seja, não exige-se que seja escrito”, argumentou.
Logo depois da recuada do Atlético, Thiago Neves assinou com o Sport Recife na última quinta-feira (17) e chegou no clube sem custos após a rescisão de contrato com o Grêmio e deve ganhar um salário de R$170 mil. O meia já foi regularizado e está a disposição de Jair Ventura para as próximas partidas.
Tocador de áudio
