O diretor do Centro Oftalmológico Doutor Cláudio explica que, nesta época do ano, a cidade registra leve alta nos atendimentos
A Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte investiga a possível ocorrência de surtos de conjuntivite na cidade. Conforme a pasta, a conjuntivite não é uma doença de notificação compulsória, ou seja, quando se percebe um aumento na procura pelos serviços de saúde, os profissionais informam a ocorrência.A operadora Gerusa Moraes afirma que na casa dela todo mundo pegou conjuntivite. “Na minha casa, moram quatro pessoas e meu menino. O Gabriel pegou conjuntivite na escola e transmitiu para minha filhinha e para o meu marido. A conjuntivite do meu marido foi mais séria. A infecção foi muito forte”,
Diretor do Centro Oftalmológico, o médico Cláudio Junqueira explica que a cidade registra leve alta nos atendimentos. “Houve um leve aumento, sim. Nós estamos entrando na primavera, estação que se torna mais comum a conjuntivite por causa do pólen (alérgica). Essa é diferente da conjuntivite que ocorre no inverno, que está mais relacionada a adenovírus”. Entretanto, ela acredita que ainda não dá para classificar a alta como “surto”.
O tratamento da conjuntivite é determinado pelo agente causador da doença. Para a conjuntivite viral não existe medicamento específico. Já o tratamento da conjuntivite bacteriana inclui a indicação de colírios antibióticos, que devem ser prescritos por um médico, pois alguns colírios são altamente contra-indicados em razão do risco de complicações e agravamento do quadro.
Cuidados especiais com a higiene ajudam a controlar o contágio e a evolução da doença. Qualquer que seja o caso, é fundamental lavar os olhos e fazer compressas com água gelada, que deve ser filtrada e fervida, ou com soro fisiológico comprado em farmácias ou distribuído nos postos de saúde.
Sintomas
– Olhos vermelhos e lacrimejantes;
– pálpebras inchadas;
– sensação de areia ou de ciscos nos olhos;
– secreção purulenta (conjuntivite bacteriana);
– secreção esbranquiçada (conjuntivite viral);
– coceira;
– fotofobia (dor ao olhar para a luz);
– visão borrada;
– pálpebras grudadas quando a pessoa acorda.
Prevenção
– Evitar aglomerações ou frequentar piscinas de academias ou clubes;- lavar com frequência o rosto e as mãos, uma vez que estes são veículos importantes para a transmissão de micro-organismos patogênicos;
– não coçar os olhos;
– usar toalhas de papel para enxugar o rosto e as mãos, ou lavar todos os dias as toalhas de tecido;
– trocar as fronhas dos travesseiros diariamente, enquanto perdurar a crise;
– não compartilhar o uso de esponjas, rímel, delineadores ou de qualquer outro produto de beleza;
– não se automedique.