Na manhã desta quinta-feira (05), foi deflagrada a Operação Al Capone, objeto de investigações realizadas pela Polícia Civil de Patos de Minas. A Operação teve como objetivo desarticular um grupo especializado em tráfico de drogas, em suas variadas formas (maconha, cocaína, crack, ecstasy), e também tráfico de armas de fogo, em Patos de Minas e região.
Estão sendo cumpridos 26 mandados de busca e apreensão, na cidade de Patos de Minas, dentre os bairros Sebastião Amorim, Jardim Panorâmico, Ipanema, Antônio Caixeta, Vila Garcia, Cônego Getúlio e Chácaras Pôr do Sol.
Dentre os mandados de busca constam três mandados de prisão expedidos pelo Poder Judiciário em desfavor dos dois líderes do grupo, e do seu principal articulador para fomentar toda uma rede existente abaixo destes.
Os crimes apurados nesta fase da investigação se referem a uma organização criminosa voltada para o tráfico de drogas e de arma de fogo. A investigação perdurou o prazo superior a quatro meses e tem elementos suficientes para indicar a autoria de tais crimes para os investigados, sobretudo, para os três que estão sendo presos preventivamente nesta data
Em 31 de dezembro de 2020 houve uma apreensão de quatro papelotes de cocaína, além de R$ 671,00 pela Polícia Militar (PM) em que levantou a possibilidade de que essa droga pertenceria a este grupo criminoso, vindo a confirmar as denúncias anônimas de que os investigados estaria utilizando de um estabelecimento comercial voltado para venda de bebidas alcoólicas para camuflar a venda de drogas e armas de fogo. Daí, necessitava-se de uma investigação mais incisiva.
Posteriormente, em 31 de março de 2022, a PM realizou a apreensão de material que é atrelado ao grupo criminoso:
1. 1.710,16 quilos de maconha;
2. 32 pinos de cocaína;
3. duas pedras de crack;
4. um fuzil tipo mosquefal calibre 762;
5. um revólver, calibre 32, marca Smith & Wesson;
6. 30 cartuchos intactos de munição calibre .22;
7. 23 cartuchos intactos, calibre .20;
8. seis cartuchos intactos, calibre 32;
9. dois cartuchos intactos calibre .380;
10.10 cartuchos intactos calibre .45;
11.20 cartuchos calibre 9mm;
12.três balanças de precisão.
O material se encontrava escondido enterrado em uma mata localizada aos fundos da residência e estabelecimento comercial do líder do grupo.
A deflagração da operação conta com a efetiva participação de 43 policiais civis e policiais militares, inclusive, com o auxílio de cães farejadores – ROCCA.
O nome da operação – Operação Al Capone – faz alusão ao líder de um grupo criminoso que geria diversas atividades criminosas, como apostas, agiotagem, prostituição e, principalmente, comércio e contrabando de bebidas durante a era da Lei Seca, e “limpava” as quantias ganhas por meio da venda de tais. Aqui, os líderes investigados resolveram gerir estabelecimentos comerciais (venda de bebidas, ferro-velho, e até mesmo prostíbulos) para “camuflar” e facilitar a venda de drogas e armas de fogo perante a clientela.