Entrevistados defendem que governo exija das empresas que mulheres recebam o mesmo que homens
A constatação é da pesquisa Minas no Brasil de 2018, um projeto desenvolvido pelo jornal O TEMPO em parceria com o Grupo Mercadológica. Os dados também apontam que somente 8,2% das pessoas ouvidas não concordam com a implementação de leis para equiparar as remunerações. Isso num país em que o vencimento das mulheres é 32,2% menor do que dos homens, sendo que, para eles, cada hora trabalhada custa, em média, R$ 14,55; para elas é de R$ 11. Os números são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), do último trimestre do ano passado.
Para tentar combater essa disparidade salarial entre gêneros, a senadora Rose de Freitas (Podemos-ES) apresentou um projeto no Congresso Nacional. A intenção é que companhias com mais de 250 funcionários sejam obrigadas a divulgar, uma vez por ano, a média salarial dos homens e das mulheres.
O levantamento Grupo Mercadológica mostra ainda que o total de 1,7% dos entrevistados não respondeu ao questionamento.
Mercado.
A parcela de 62,1% dos participantes da amostragem acha que o Executivo precisa controlar a concorrência entre as empresas, enquanto que 26,2% entendem que essa intervenção não é necessária. Em relação a publicidade praticada pelas companhias, a pesquisa indica que 56,2% dos mineiros consideram que ela precisa ser gerida por meio de uma legislação, e 31,4% discordam dessa avaliação.
Série. A quinta edição da pesquisa Minas no Brasil de 2018 vai mostrar ao longo desta semana outros recortes do levantamento, como por exemplo, a taxa de impostos sobre produtos importados.
Classes A e B apoiam mais a equiparação
A pesquisa Minas no Brasil de 2018, projeto desenvolvido pelo jornal O TEMPO em parceria com o Grupo Mercadológica, aponta que principalmente pessoas das classes A e B compõem a parcela de 90,2% do eleitorado que é favorável à criação de leis no país para equiparar os salários entre os gêneros em empresas privadas.
O total de 91,5% dos entrevistados das classes econômicas A e B responderam que são favoráveis a essa interferência do Estado. Em relação a faixa etária, o maior índice de apoio registrado a essa regulamentação de remunerações em companhias é de participantes entre 35 e 44 anos, com 92%.
Ainda no grupo daqueles que querem uma legislação para equilibrar os vencimentos de homens e de mulheres que ocupam as mesmas funções em organizações, a amostragem assinala que entre elas esse número chegou ao patamar dos 92,5%, enquanto que entre os homens o percentual foi de 87,7%.
Postado originalmente por: Portal Sete