O Brasil perdeu quase 23 mil empresas em 2017, na comparação com o ano anterior. A taxa de entrada foi 15,2% e, a de saída, 15,7%.
Com isso, o saldo de empresas ativas no país, no período analisado, ficou negativo. Os dados constam na pesquisa Demografia das Empresas e Empreendedorismo, divulgada pelo IBGE, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
A sondagem considera somente as entidades empresariais, excluindo todos os órgãos públicos, empresas públicas, entidades sem fins lucrativos, Microempreendedor Individual (MEI) e Organização Social (OS).
As 4 milhões e 458 mil empresas existentes, em 2017, ocupavam um total de 38,4 milhões de pessoas, sendo 31,9 milhões na condição de assalariado e 6,5 milhões sócios ou proprietários.
Apesar do saldo negativo, o levantamento revela que a taxa de sobrevivência das empresas, ou seja, aquelas que permaneceram abertas após ao menos um ano, chegou a 84,8%.
A técnica da Coordenação de Cadastro e Classificações do IBGE Denise Guichard Freire, avalia que os dados apontam para um menor dinamismo no mercado.
Ela ressalta, no entanto, que o movimento não é uniforme em todo o país.
A pesquisa mostrou que menos da metade das empresas abertas no Brasil, na última década, sobreviveu por mais de cinco anos.
Na série histórica, o melhor saldo foi registrado em 2010, com 262 mil empresas a mais no mercado. O pior ano foi 2014, quando o saldo ficou negativo em 217 mil empresas. Apesar do saldo permanecer negativo, desde 2014, o pessoal ocupado assalariado nessas empresas se mantém positivo, com 360 mil empregados a mais em 2017.
A média dos rendimentos ficou em 2,6 salários mínimos.