Nesse domingo (27), um padre decidiu demolir a igreja São João Bosco, que tinha 50 anos, sem autorização da prefeitura em Dom Bosco, na região Noroeste de Minas Gerais. A ação virou caso de polícia, já que a Prefeitura pretendia tombar a matriz como patrimônio histórico.
Segundo o boletim de ocorrência da Polícia Militar, foi a prefeitura quem acionou os militares contando que o padre, de 35 anos, tinha mandado destruir a igreja localizada na praça Salustiano Cordeiro.
No entanto, nenhum comunicado da decisão foi feito à prefeitura, que já encontrou as máquinas trabalhando no local e fazendo a demolição. Sendo assim, os militares mandaram parar a ação, porém o estabelecimento já estava bastante destruído.
Nesta segunda-feira (28), o executivo afirmou que seria assinado um documento para que a igreja fosse tombada como patrimônio histórico da cidade.
A diretora de cultura da prefeitura da cidade, Nely de Fátima Souza, relatou que Dom Bosco não tem nenhum patrimônio histórico e que o processo para tombamentos de bens do município foi iniciado no mês de outubro. Além disso, uma ponte e uma escolinha também se tornariam patrimônio do município.
De acordo com a prefeitura, o padre já sabia sobre o tombamento e determinou a destruição da igreja em um momento que os funcionários da cidade estavam de folga.
Já o padre disse aos policias que a decisão de demolição para a construção de uma nova igreja foi tomada em comum acordo com o bispo de Paracatu, cidade localizada na mesma região. O religioso assumiu que não pediu alvará da prefeitura e nem avisou sobre a demolição.
O caso revoltou os moradores da região que apedrejaram a casa onde o padre mora e ainda fizeram várias ameaças.
Vale ressaltar que no dia da demolição, cerca de 80 pessoas gritaram palavras de ordem contra o padre. Em seguida, o religioso brigou com os populares e houve confusão, porém, ninguém foi preso.
O ocorrido foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Unaí, que vai investigar o caso. No entanto, o padre não foi preso. Já a Diocese de Paracatu, responsável pela igreja não quis se pronunciar.