Entidade criada por Robson de Oliveira Pereira adquiriu área por R$ 485 mil em 2010 e, nove anos depois, a repassou pelo mesmo preço; MP identificou outras transações imobiliárias suspeitas. Apontado como líder de uma organização criminosa que desviava dinheiro doado por fiéis, o padre celebridade Robson de Oliveira Pereira, de 46 anos, é investigado pelo crime de lavagem de dinheiro em transações imobiliárias. Um aspecto em especial chamou a atenção dos promotores: todas as negociações imobiliárias sempre resultaram em prejuízo para a instituição criada pelo padre.
Em 2010, a instituição criada por padre Robson adquiriu o terreno de 3,2 mil metros quadrados que pertencia ao Governo do Estado de Goiás por R$ 485 mil. Quase uma década depois, em fevereiro de 2019, o terreno foi repassado à empresa KD Administradora de Bens pelo mesmo valor. Corrigido pela inflação do período, o valor do imóvel estaria avaliado, no mínimo, em R$ 820 mil na data da transferência para a KD Administradora de Bens. O Ministério Público cita a negociação como exemplo de uma operação de lavagem de dinheiro.
A KD Administradora pertence a Douglas Reis, dono da maior rede de postos de combustíveis em Goiás, a Kurujão. O documento aponta ainda um outro indício da prática de crimes de apropriação indébita, organização criminosa, lavagem ou ocultação de bens e dinheiro. A KD Administradora de Bens utiliza os serviços da mesma empresa de contabilidade que cuida das contas da Afipe: a Auditec. O MP sustenta que a Auditec montou todo o arcabouço de empresas e pessoas físicas no entorno do padre Robson para conseguir regularizar as questões administrativas e fiscais da associação.
fontes: exame, globo, época
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