Operação Espelho Meu apura facilitação do ingresso de aparelhos celulares e objetos proibidos em estabelecimento prisional, além de outros crimes

Foram cumpridos mandados em Governador Valadares, Ponte Nova, Francisco Sá e Belo Horizonte e nas cidades de Vitória e Serra, no Espírito Santo

O Ministério Público de Minas Gerais, por meio do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Regional Governador Valadares e da 11ª Promotoria Criminal também em Governador Valadares, deflagrou, nesta quinta-feira, dia 19 de outubro, a Operação “Espelho Meu” visando apurar a facilitação do ingresso de aparelhos celulares e outros objetos proibidos em estabelecimento prisional, crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, tráfico ilícito de drogas e facilitação de fuga praticados por integrantes de organização criminosa.

Foram cumpridos, além de outras cautelares, 17 mandados de busca e apreensão e 1 afastamento de função pública, determinados pelo Juízo da Terceira Vara Criminal da Comarca de Governador Valadares. A operação ocorreu nas cidades mineiras de Governador Valadares, Ponte Nova, Francisco Sá e Belo Horizonte e nas cidades de Vitória e Serra, no Espírito Santo.

Conforme as investigações, a organização criminosa contribui, mediante pagamento, para o ingresso de aparelhos celulares, drogas e outros itens proibidos em estabelecimento prisional e o consequente uso e comércio deles pelos custodiados.
A facilitação para o ingresso dos referidos itens envolve servidores públicos, presos integrantes de organizações criminosas, outros escolhidos como “faxinas” nos pavilhões, além de familiares dos envolvidos.

Os aparelhos celulares, de grande valor comercial e principal objeto de uso ilícito no interior dos estabelecimentos prisionais para prosseguimento das práticas criminosas extramuros, é apelidado, pelos custodiados, de “espelho”, daí o nome da operação.
Os presos com acesso aos aparelhos continuavam a comandar o tráfico ilícito de drogas e crimes violentos nos territórios respectivos e ainda auferiam lucros com aluguéis ou revendas dos celulares aos demais presos da unidade prisional.

Participaram da operação a Polícia Militar, a Polícia Civil e a Corregedoria da Secretaria de Estado e Justiça e Segurança Pública do Estado de Minas Gerais, o Gaeco/BH, o Gaeco/Ipatinga e o Gaeco do Espírito Santo.

Participaram da operação 6 promotores de justiça dos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo, 53 policiais militares, 1 policial civil, 23 policiais penais e 12 policiais militares do Estado do Espírito Santo.

A deflagração contou ainda com o apoio do helicóptero Pégasus e de cães.

* Informações da MPMG

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