Operação Backstage: PC mira esquema de adulteração de veículos

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) desencadeou, nessa quarta-feira (24), a operação Backstage, com o objetivo de desarticular um esquema de adulteração de veículos no Triângulo Mineiro. Foram cumpridos, em Uberlândia, três mandados de busca e apreensão, um mandado de prisão temporária, uma ordem judicial restritiva de direitos, além da fiscalização em quatro empresas que teriam atuado na adulteração.

As investigações tiveram início em junho deste ano, na cidade de Perdizes, região do Alto Paranaíba, onde dois indivíduos tentaram realizar o emplacamento de uma caminhonete adulterada. A PCMG descobriu que um fazendeiro, de 31 anos, teria comprado o veículo em dezembro de 2020, pagando cerca de R$ 240 mil.

“Antes de fazer o emplacamento e sem ter seguro, o fazendeiro se envolveu em acidente, que resultou na perda total do veículo. A caminhonete foi vendida para uma comerciante de Uberlândia para retirada de peças”, revela o delegado de Trânsito em Araxá, Renato Alcino.

Reforma

De acordo com o apurado, o empresário que adquiriu a caminhonete, de 38 anos, atuante no comércio de peças, providenciou a substituição criminosa de toda a estrutura, adulterando sua originalidade, em um processo ilícito conhecido como troca de roupa.

Depois, o empresário, acompanhado de um policial civil, tentou fazer o emplacamento na cidade de Perdizes, quando foram iniciadas as investigações. Durante as apurações, o empresário apresentou nota fiscal da estrutura de uma caminhonete cinza, que supostamente teria sido usada na “reforma”.

“Os investigadores de polícia descobriram que o veículo indicado na nota também teria se envolvido em acidente que resultou em danos na estrutura, ou seja, não teria como ser usada na reforma. A perícia revelou, ainda, que a estrutura usada no veículo adulterado era de cor branca”, esclarece Alcino.

Backstage

O nome da operação, Backstage, em inglês, significa “nos bastidores”, numa alusão ao momento em que artistas trocam de roupas e se maquiam, tal qual o esquema criminoso desvendado pela Polícia Civil.

A ação teve a participação de policiais civis lotados em Araxá, Perdizes, Nova Ponte e Uberlândia. As investigações seguem em andamento, e o inquérito policial deve ser concluído e remetido à Justiça nos próximos dias.

As informações são da PCMG.

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