Oito pessoas são presas durante operação realizada para apurar ligações clandestinas e fraudes de energia elétrica na RMBH

Os envolvidos poderão responder por roubo qualificado, já que a Cemig é uma empresa pública, e associação criminosa. Prejuízo é de aproximadamente R$ 530 milhões

Coordenada pelo Ministério Público de Minas Gerais, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate Crime Organizado (Gaeco) e pela 17ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Belo Horizonte, foi deflagrada, nesta quinta-feira, 17 de agosto, a Operação Bypass, que apura fraudes e furtos ligados ao fornecimento de energia elétrica. Oito pessoas foram presas durante o cumprimento dos 19 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).

Os trabalhos estão sendo executados em conjunto com a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) e a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), que calcula um prejuízo de aproximadamente R$ 530 milhões.

Os envolvidos poderão responder por roubo qualificado, já que a Cemig é uma empresa pública, e associação criminosa.

Segundo a PMMG, as oito pessoas presas estavam em suas respectivas residências. Os 19 mandados de busca e apreensão pessoal e domiciliar foram cumpridos em Belo Horizonte e nos municípios de Contagem, Betim, Ibirité, Vespasiano e Esmeraldas, na RMBH.

Ainda de acordo a PMMG, foram apreendidos mais de 200 medidores de energia, 1.648 lacres, um uniforme da Cemig, quatro celulares, entre outros materiais.

Simultaneamente às buscas e apreensões criminais, a Cemig realiza também, no contexto da operação, fiscalização em diversos pontos em que há suspeita de irregularidades e furtos de energia elétrica.

Investigação
Usando técnicas especiais de investigação, as apurações empreendidas pelo Gaeco permitiram a constatação dos ilícitos investigados, tendo a Cemig, inclusive, em fase precedente, inspecionado outros 93 pontos em que havia suspeita de fraudes e irregularidades atreladas às apurações empreendidas, ocasião em que foram constatadas irregularidades em mais de 50% dos pontos fiscalizados.

As investigações tiveram início em 2021, quando a Cemig e subcontratadas solicitaram apurações à vista de informações de que alguns de seus colaboradores possivelmente praticavam fraudes e adulterações em medidores e selos, sob pagamento de usuários, para subtração de energia elétrica.

A operação contou com a participação de dois promotores de Justiça e 80 policiais militares.

Acompanhe o áudio do Supervisor de Relacionamento institucional Cemig, Alexandre Ribeiro, sobre essa operação.

 

Foto: Ministério Público de Minas Gerais

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