Aumentou em 15% o número de casos de acidentes com escorpiões no Sul de Minas. Isso acontece porque o animal se adapta facilmente ao ambiente urbano graças ao saneamento básico precário e ao acúmulo de lixo e entulho, principalmente nas casas. Isso atrai a barata, o alimento favorito do escorpião.
Segundo as regionais de saúde, foram 720 registros entre janeiro e junho do ano passado, contra 829 no mesmo período deste ano. Varginha foi a regional com mais casos, 265. Depois aparece Passos, com 216 registros. Em Pouso Alegre, foram 176. E na regional de Alfenas, foram 172.
Um dos locais de combate ao setor de zoonoses é o cemitério, pois os escorpiões escolhem locais com entulho ou frestas para se esconderem, situação que eles encontram ali.
“O controle do escorpião é a catação de cada um, procurar o ambiente que ele possa estar abrigado, tirar entulhos de dentro de casa, tampar ralos, e se visualizar escorpião dentro de casa, puxar todos os móveis, procurar onde eles possam estar e catá-los mesmo”, disse o coordenador do Setor de Zoonoses, José Eduardo Mabeli Balieiro.
Em Varginha, desde 2012, a estimativa é que já foram recolhidos 40 mil escorpiões pela prefeitura. O tipo encontrado na região, o amarelo, é o mais perigoso. O Ministério da Saúde já encaminhou doses do soro para Minas Gerais.
“Sempre procurar um atendimento médico (em caso de acidentes), avaliação profissional, para o médico avaliar qual procedimento clínico a ser tomado”, disse o supervisor de endemias Éder Lúcio Machado.
Segundo o Ministério da Saúde, não é preciso aplicar o antiveneno em casos leves. Na região, o soro é disponibilizado em 35 hospitais de referência.
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