Murilo Santiago lança novo single, “Ancestrais”

Canção é homenagem ao mês da Consciência Negra

Murilo Santiago é um compositor e cantor mineiro que trafega com desembaraço pelos variados gêneros brasileiros, qualidade que está em evidência em seus três álbuns, “Tempo Pra Canção” (2009), “O Mundo É Cada Um” (2014) e “Cada Um É o Mundo” (2018). Com o lançamento do samba “Ancestrais”, Murilo se insere nas comemorações do Mês da Consciência Negra, ocasião que inspira conhecimento, reflexão e atitude. Como bem define o compositor, “escravidão é chaga que não se apaga na história da humanidade; é preciso virar a página, mas o passado não se apaga. Que a dor do passado alivie o futuro”.  Pensamento que ressoa nos versos de “Ancestrais” (“Essa dor/ distante tormento dos ancestrais/vem lá das galés e dos coliseus/De um esquecimento…talvez de Deus/…Essa dor não poderá ter sido em vão”). A gravação de “Ancestrais”, realizada em Belo Horizonte, contou com a participação de João Camarero (violão de sete cordas), Alexandre Andrés (Flauta), Serginho Silva (percussão) e a produção de Thiago Nunnes. “Ancestrais” é um lançamento da Naza Music.

Música e letras

Diferentemente da maioria dos compositores, que começa a “rabiscar” seus sambas ainda na adolescência, Murilo Santiago passou a compor já na idade adulta e, embora não tenha uma formação musical convencional, sua relação com a música vem do berço. “Minha mãe tocava piano, obras de Beethoven, Chopin, Sibelius. Sempre ouvia-se música em casa. Lembro-me de ouvir, bem criança, Ivon Cury cantando Farinhada e Inezita Barroso cantando Mula Preta, conta, “E tinha um primo, meu companheiro, que na infância já era instrumentista, um gêniozinho”, recorda.

“Além do mais, gostava de escrever crônicas e poemas e, sempre que podia, participava de roda de músicos. Ouvia MPB diariamente e admirava as composições de Dorival Caymmi e Ary Barroso. Acho que, na frustração de não ser instrumentista, passei a escrever letras”, considera. A sua longa atuação como advogado também deve ser evidenciada nessa formação, pois afinal, é um trabalho que se vale da escrita e da oratória. “Sempre gostei da palavra escrita, li bastante. É muito importante, muito significativo. E há também a advocacia, em que somos obrigados a escrever sempre”.

Lançamento da Naza Music, “Ancestrais” chega dia 20 de novembro em todas as plataformas de música.

As informações são de Luciana Braga.

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