Motoristas de aplicativos locais não aderem a protesto nacional

Foto/Jairo Chagas

Segundo Elaine da Silva Dahdah, motoristas de aplicativo enfrentam os altos preços dos combustíveis, promoções que reduzem ganho e ainda a onda roxa que restringe o momento  

Motoristas de transporte de passageiros por aplicativo optaram por não aderir à paralisação nacional dessa quarta-feira (17) em Uberaba. O movimento reivindica reajuste de tarifas com o aumento dos preços de combustíveis e pede o fim das promoções realizadas pelas empresas, que, segundo a categoria, reduzem a remuneração final.

De acordo com uma das líderes do movimento, Elaine da Silva Dahdah, a inclusão do município na onda roxa do programa Minas Consciente dificulta a mobilização, pois os veículos têm que parar de rodar às 20 horas. Além disso, os valores dos combustíveis, ainda mais altos, inviabilizam o protesto. “Os motoristas não quiseram aderir. A situação está muito difícil desta vez, com o novo decreto e o preço absurdo dos combustíveis”, queixa-se Elaine.

Qualquer tipo de manifestação, segundo ela, pesa financeiramente no bolso dos profissionais, que estão trabalhando no limite e, se pararem de rodar por um dia, há substancial perda dos rendimentos, em um momento extremamente delicado.

Ela conta, inclusive, que muitos profissionais estão desempregados na cidade, pois tiveram que entregar os carros para as locadoras ou para bancos. “Situação está muito complicada”, avalia.

Vale lembrar que os motoristas também se colocam contra as faixas promocionais das empresas de aplicativo de transporte, como “Uber Promo” e “99 Poupa”, cujos preços oferecidos, 30% abaixo da tabela, tornam as corridas inviáveis por estarem abaixo da tabela. Repudiam, ainda, o “In Drive”, empresa russa que estabelece forte concorrência com a atuação dos profissionais. Já as constantes altas dos preços dos combustíveis impactam diretamente na renda dos motoristas. 

Postado originalmente por: JM Online – Uberaba

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