Em setembro deste ano, o rádio completou 100 anos da primeira transmissão no Brasil. Para festejar o marco na história do país, a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT) lançou a ‘Mostra Rádio em Movimento’, que une arte, cultura e homenagens também ao centenário da Semana de Arte Moderna.
O projeto visa a apresentação de aparelhos de rádio modelo Capelinha, bastante populares na década de 1940, pintados por renomados artistas brasileiros. Desta forma, cada unidade da Federação escolheu três artistas para as produções das obras, sendo que apenas uma irá representar o seu Estado.
A escolha do representante de cada Federação foi realizada através de uma votação popular, que ocorreu entre os dias 7 e 25 de setembro, no site da ABERT. Após essa definição, as 27 peças artísticas vencedoras ficarão expostas em Brasília, no 29º Congresso Brasileiro de Radiodifusão, em novembro. Em seguida, seguirão para o Museu Nacional. Além disso, os rádios que ficaram de fora da seleção serão leiloados em prol de uma grande ação de combate à fome.
Em Minas Gerais, a Associação Mineira de Rádio e Televisão (AMIRT) selecionou Fernando Pacheco, Elias Layon e Carlos Bracher para representar o Estado na exposição. As obras de arte foram entregues no dia 21 de julho. O vencedor da etapa Minas Gerais foi Fernando Pacheco, artista plástico e pintor, natural de São João del-Rei, região Central de Minas Gerais.
Em sua obra de arte, nominada “Amor igual, em todos ‘os sons e em todas as cores”, o artista, que tem um estilo voltado para o realismo, utilizou as cores primárias, como vermelho, amarelo e azul, para representar a igualdade, amor e os sons do rádio, que o acompanhou durante toda sua vida.
Para Pacheco, foi uma alegria e uma honra muito grande participar da Mostra Rádio em Movimento.
“Foi uma alegria e uma honra muito grande receber o convite da AMIRT para ser um dos três artistas a interferir em um rádio modelo Capelinha 1940, participar das comemorações dos 100 anos do rádio no Brasil e da Mostra Rádio em Movimento. Então eu fiz o meu trabalho com a minha pintura, procurei preservar na parte frontal o tecido dos alto-falantes e dos botões de comando. Interferi mais nas laterais do rádio e na parte de trás, inclusive, eu pintei uma santinha, pois trata-se do rádio modelo Capelinha. Para grata surpresa, eu tive uma votação expressiva e fiquei muito agradecido com isso, aos amigos, as pessoas que acompanham o meu trabalho. Isso me honra muito. Participar de um evento tão expressivo, histórico, aqui no meu país, representando o meu Estado através da AMIRT é uma alegria muito grande. Então eu fiquei muito feliz de saber que tantas pessoas acompanham o meu trabalho com tanta simpatia. Agradeço a oportunidade e faço votos que o rádio continue a colaborar fundamentalmente para a cultura do nosso país.”
Foto: Gleisson Correia
