Minas terá fábrica de mosquitos ‘modificados’ para combater dengue, zika e chikungunya

O governo aposta em uma biofábrica de mosquitos Aedes Aegypti com a bactéria ‘Wolbachia’, que bloqueia a transmissão do vírus para humanos; instalações devem ser inauguradas em 2024

O Governo de Minas aposta em uma biofábrica de mosquitos Aedes aegypti modificados com a bactéria ‘wolbachia’ para combater a dengue, a zika e a chikungunya. As instalações, no entanto, só ficam prontas em 2024. Nessa segunda-feira (27), o governador Romeu Zema expressou preocupação com as doenças, que dispararam nos últimos meses.

À Itatiaia, Zema admitiu que o combate à dengue ficou prejudicado neste ano.

“Estamos orientando todos os municípios sobre a condução clínica de pacientes. Nessa altura do campeonato não há muito o que se fazer com relação a medidas preventivas. Tivemos um atraso na aquisição do inseticida, que é sempre feito pelo Governo Federal. A grande questão é que, provavelmente, esse será o último ano em Minas com uma taxa o incidência elevada em que nós não teremos uma arma potente”, explica.

A ideia é que a biofábrica de mosquitos entre em funcionamento no ano que vem, e que isso derrube os novos casos. Os insetos infectados com a bactéria não conseguem se reproduzir, o que derruba a população do mosquito aedes.

Doenças disparam

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, Minas já registrou mais de 105 mil casos prováveis de dengue; em relação à febre chikungunya, foram confirmados 9 mil casos em 32 mil registros prováveis. Duas pessoas já morreram com a doença no estado, e outras 13 mortes estão em observação.

As regiões com maior risco de epidemia são a metropolitana, Norte e Triângulo.

O Secretário Estadual de Saúde, Fábio Baccheretti conta que a febre chikungunya tem crescido muito, mas é a doença menos letal entre as transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti.

“A chikungunya causa dor articular por mais tempo. São até seis meses com dor.

Baccheretti reafirma que as mortes por dengue são evitáveis, e que o papel do Estado é explicar e treinar os profissionais de saúde sobre o manejo ideal da dengue para garantir que o paciente que apresente sinais seja atendido rapidamente e receba o tratamento adequado.

As informações são da Itatiaia.

Foto: Pixabay.

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