Educação, saúde, saneamento, segurança e transporte são áreas que deveriam ser prioritárias para os governos municipais e estadual. No entanto, elas ajudam a engordar a triste estatística de mau uso do dinheiro público em Minas Gerais, onde há 1.984 obras, no valor de R$ 2,6 bilhões, com prazos vencidos e não concluídas.
O levantamento foi feito pela reportagem no banco de dados do GeoObras, um software desenvolvido pelo Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG) e implantado em setembro de 2017.
Dentre as intervenções com prazos vencidos e não concluídas, 428 estão completamente paradas, o que representa o desperdício de R$ 885 milhões. O banco de dados do TSE detalha 172 dessas obras, cujo valor passa de R$ 445 milhões aplicados pelos órgãos do Estado e dos municípios.
Um exemplo é o Hospital Regional de Divinópolis. A previsão inicial era que o Hospital Público Regional fosse entregue em 2012. Construído em uma área de 29 mil metros quadrados, em quase sete anos, pouca coisa evoluiu. Mais de 50% das obras foram concluídas e aproximadamente R$ 90 milhões já foram gastos no local.
O prefeito de Divinópolis, Galileu Machado participou de uma reunião entre prefeitos e secretários municipais de saúde de 34 dos 54 municípios que integram o CIS-URG – Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região Ampliada Oeste. A intenção é que o Consórcio, que já administra o SAMU, seja também responsável pelo Hospital Público Regional.
De acordo com a assessoria de imprensa do TCE-MG, o banco de dados é alimentado pelos próprios municípios. Porém, a sociedade também pode alimentar a ferramenta denunciando as condições de cada construção.
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Postado originalmente por: Portal MPA