Os dados obtidos em levantamento feito pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), apontou que entre 2010 e 2019, Minas Gerais perdeu 1.591 leitos pediátricos de hospitais que integram o SUS e também aqueles que não fazem parte do gerenciamento público, ou seja, 15 leitos por mês em todo o Estado. Além disso, no país a perda é ainda maior, sendo mais de 15 mil leitos.
No entanto, o setor de saúde pública foi o que mais sofreu com as desativações ao longo dos últimos nove anos. No ano de 2010, havia cerca de 4.357 leitos, porém neste ano são apenas 2.851. Os hospitais que não fazem parte do SUS também desativaram 85 leitos dedicados a internação infantil.
Os dados ainda mostram que a capital mineira tinha 749 leitos em 2010 e agora possui 620 leitos do SUS. Já os hospitais de Belo Horizonte que não integram o SUS aumentaram 35 leitos, passando a ter 191.
Em relação ao restante do Brasil, a SBP afirma que os dados obtidos no Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde mantido pelo Ministério da Saúde indicam que em 2010 o país dispunha de 48,8 mil leitos no SUS. Neste ano, os dados mostram que o número baixou para cerca de 35 mil.
A pesquisa ainda destaca que os leitos disponíveis nos planos de saúde ou em unidades privadas também caíram para 2.130, sendo 19 estados perdendo os leitos pediátricos.
Além disso, os estados das regiões Nordeste e Sudeste foram os que mais sofreram com a redução de leitos de internação no SUS, com 5.314 e 4.279 leitos a menos, respectivamente.
O estado brasileiro com mais queda de leitos é São Paulo, com 1.583 leitos pediátricos desativados. Vale lembrar que os leitos são destinados a crianças que precisam permanecer no hospital por mais de 24 horas.
(com supervisão de Victor Veloso)