Minas é estado com menor índice de desemprego do Sudeste brasileiro

Investimentos em políticas públicas de geração de emprego/renda e qualificação profissional mantiveram o percentual de desocupação de MG abaixo da média nacional

Minas Gerais tem a menor taxa de desocupação do Sudeste. É o que mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua Trimestral realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada neste mês de maio. Em comparação com Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo, o estado mineiro tem os menores números de desemprego, ficando também abaixo da média nacional.

De acordo com a PNAD, Minas tem 6,8% de desocupação no primeiro trimestre de 2023. Dentre os estados do Sudeste, a maior taxa é do Rio de Janeiro, com 11,6%. São Paulo fica atrás, com 8,5% de desemprego, e Espírito Santo tem 7%. A média do Brasil é de 8,8%.

Segundo a diretora de Monitoramento e Articulação de Oportunidades de Trabalho da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), Amanda Siqueira Carvalho, esses números podem ser relacionados a várias ações do governo estadual.

“Esse resultado é fruto de uma política contínua de atração de investimentos do Governo de Minas, reforçada nos últimos anos. Este empenho tem colocado o estado, nos últimos meses, no ranking daqueles com melhor saldo de empregos criados”, explica.

Amanda Siqueira destaca também o Sistema Nacional de Emprego (Sine), que possibilita ao trabalhador o acesso a variadas vagas de emprego em todo o estado, por meio das unidades de atendimento Sine/UAI.

Atualmente, são mais de 12 mil oportunidades abertas em toda a rede. Além de buscar investimentos para Minas e ampliar o número de vagas de emprego, o Governo do Estado também promove políticas públicas para melhorar a qualificação profissional dos mineiros.

“As opções de cursos são variadas e buscam atender às diferentes vocações econômicas mapeadas nos últimos anos. Ao todo, serão mais de 150 turmas com início previsto somente em 2023, que serão oferecidas por meio de entidades parceiras especializadas contratadas pela Sedese, como o Sistema S, entre outras instituições de ensino profissionalizante”, ressalta a diretora.

Trilhas de Futuro 

O projeto do Governo de Minas – que disponibiliza cursos técnicos gratuitos em instituições públicas ou privadas em diversas regiões mineiras – já forneceu mais de cem mil vagas para estudantes. A subsecretária de Desenvolvimento da Educação Básica da Secretaria de Estado de Educação (SEE-MG), Izabella Cavalcante Martins, vê o programa como um aliado contra o desemprego no estado.

“O Trilhas de Futuro colabora com a diminuição do desemprego à medida que promove a capacitação e a formação de muitos jovens, tanto estudantes do ensino médio quanto aqueles que já saíram desta etapa, que tenham interesse em se especializar em alguma área, considerando a oferta de diversos cursos diferentes, em diversas áreas, e que atendem o estado todo”, salienta a subsecretária.

Além do Trilhas de Futuro, a SEE-MG tem outras políticas públicas que proporcionam formação qualificada, possibilitando que estudantes busquem melhores empregos, com melhores valores salariais. A subsecretária lembra, também, que o Estado vive um momento de ampliação do parque tecnológico de diversas empresas e oportunidades que vão sendo adicionadas à economia local.

“A Secretaria de Educação também disponibiliza cursos próprios da rede estadual. E, também, cursos oferecidos pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), que podem ser feitos tanto em formatos parciais como também por Formação Inicial e Continuada (FIC). Então, a gente consegue garantir a formação técnica e qualificação profissional para pessoas que já estejam também no mercado de trabalho”, ressalta.

Investimentos

A criação de emprego e renda para a população mineira é uma das principais preocupações do Governo de Minas. Dessa forma, o Estado tem investido em diversos projetos de geração de renda e emprego. Para o Sine, em 2023, está previsto incentivo de R$ 4,9 milhões para serviços do sistema, assim como para projetos que têm como objetivo a empregabilidade.

“No âmbito da inclusão produtiva, somente em 2023, está previsto um aporte de R$ 3,4 milhões destinados a projetos de geração de renda, como o Trajeto Moda, que visa qualificar mulheres socialmente vulneráveis para o mercado da moda. Há, ainda, o projeto Trajeto Renda, que nasceu com a missão de fortalecer o desenvolvimento produtivo de indivíduos e famílias em situação de vulnerabilidade. A expectativa é capacitar mais três mil pessoas, ainda este ano, em outros 26 municípios. Até o fim de 2023, o total investido no projeto chegará a R$ 6,19 milhões”, revela Amanda Carvalho.

A qualificação profissional, com cursos de capacitação, tem investimento previsto “de mais de R$ 10 milhões para a abertura de 4.250 vagas nas principais regiões do estado, com foco, principalmente, em públicos vulneráveis e em situação de pobreza e extrema pobreza”, explica a diretora da Sedese.

De acordo com a subsecretária Izabella Martins, a SEE-MG, considerando a ação de todos esses projetos, conjuntamente, tem um investimento, atualmente, de mais de R$ 1 bilhão, contando as três entradas do Trilhas de Futuro que já aconteceram.

As informações são do Diário do Comércio.

Pesquisar