Mesmo com pressão contrária, senadores assinam requerimento para instalação da CPI “Lava Toga”

Cerca de 22 senadores do grupo “Muda Senado” se reuniram na última terça-feira (10) e assinaram um requerimento para instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) “Lava Toga”. Os senadores ainda decidiram realizar uma manifestação na Praça dos Três Poderes, no próximo dia 25. A proposta de criação da CPI é do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE).

A CPI visa investigar condutas ímprobas, violações éticas e desvios operacionais por parte dos membros do Supremo Tribunal Federal (STF) e de tribunais superiores do país.

O requerimento de instalação da CPI consta que devem ter 10 membros titulares, além de três suplentes, com duração de até quatro meses. O limite de despesas da Comissão vai ser de R$ 30 mil.

Também na última terça-feira, o senador Carlos Viana (PSD) afirmou, através de uma live, que a pressão sofrida não fará com que os parlamentares deixem de instalar a CPI. “Ninguém está acima da lei em nosso país. Por isso, como representante de Minas Gerais, estou muito feliz por ter assinado a CPI Lava Toga para os interesses do país”, afirmou o senador nas redes sociais.

A pressão para retirada das assinaturas tem causado rixas no PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro. A senadora Juíza Selma (PSL-MT) ameaçou deixar a sigla por conta do movimento articulado pelo senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) para abafar a criação da CPI. Dos quatro senadores do partido, o filho de Bolsonaro foi o único que não assinou a petição e tentou impedir sua criação, segundo o site Terra.

Em nota, nas redes sociais, o partido informou que as informações que dizem que Flávio estaria articulando com os senadores para retirar as assinaturas para a criação da CPI não procedem. A nota ainda diz que a retirada das assinaturas deveria ser feita por conta do atual momento do país, que passa por reformas. “A instauração da mesma não agregaria harmonia dos poderes”, diz o texto.

Manifestação

Os senadores esperam realizar uma manifestação com apoio popular no dia 25 de setembro, uma quarta-feira, na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Os parlamentares afirmaram que escolheram um dia da semana porque a Casa vai estar cheia.

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