Meio campo do Atlético passa a ser o quebra-cabeça de Sampaoli.

Nos últimos dois jogos, Jorge Sampaoli, em suas escalações (quase sempre surpreendentes), indicou que encontrou, enfim, seu “ataque ideal” no Atlético: Savarino, Keno e Eduardo Vargas. Se o setor ofensivo parece ter seus titulares bem definidos neste momento da temporada, o contrário acontece no meio-campo, que, hoje, vive fase instável e sem nenhum jogador “consolidado” como titular.

Em grande parte do primeiro turno, o setor se encontrou com Jair, Alan Franco e Nathan. Nenhum deles é titular absoluto mais, mas por razões diferentes: o primeiro sofreu séria lesão muscular e não tem previsão de retorno; o equatoriano pegou Covid-19 enquanto defendia a seleção de seu país e não retornou com a mesma condição física; o camisa 23 se lesionou e, desde que voltou, não conseguiu repetir o nível de atuação que teve no início do Brasileirão.

As situações dos três antigos titulares abriram espaço para outros jogadores. Matías Zaracho, por exemplo, chegou com status de titular e já teve essa condição em seis jogos com a camisa alvinegra, mas vive processo de adaptação e ainda não é, nem de longe, o Zaracho que chamou atenção e teve grandes atuações defendendo o Racing.

Outros que ganharam espaço com as brechas dadas pelos antigos titulares foram Hyoran e Calebe. Os dois passaram a ser mais usados, mas o primeiro acumula atuações sem brilho, o que faz com que seja muito criticado por grande parte da torcida, enquanto o garoto ainda está no início da carreira profissional e, naturalmente, vive fase de amadurecimento, inclusive técnico.

Allan (que herdou naturalmente a vaga de Jair) e Dylan Borrero também compõem o elenco atleticano no meio-campo, mas o primeiro está suspenso e o colombiano ainda não conseguiu emplacar uma sequência de bons jogos, o que faz com seja, quase sempre, opção no banco de reservas. Vale lembrar que, nos últimos dias, nem opção o jovem colombiano era, já que está a serviço da seleção sub-20 da Colômbia até este domingo, dia 20.

Por fim, Sampaoli passou a ter mais uma opção no setor de meio-campo com a “descida” de Eduardo Sasha. O atacante ex-Santos, que perdeu algum espaço com a chegada de Vargas, já mostrou que pode jogar mais recuado. Fez essa função, por exemplo, no empate com o Internacional.

Fato é que o meio-campo do Atlético vive um momento de completa indefinição, e a montagem do setor para o próximo jogo (contra o Coritiba, dia 26) é prova disso.

Sem Jair (machucado) e Allan (suspenso), Sampaoli terá que improvisar e definir algum meia para fazer a função de volante. As outras duas vagas também estão totalmente em aberto entre os concorrentes – isso, claro, se o argentino não optar pela manutenção do esquema com três zagueiros, que tiraria uma vaga do setor criativo. De toda forma, o momento é ideal para aqueles postulantes à titularidade mostrarem serviço.

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Postado originalmente por: Minas AM/FM

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