Médico é condenado a 21 anos de prisão por morte e retirada ilegal de órgãos de criança em Poços de Caldas

Um dos médicos acusados pela morte e retirada ilegal de órgãos do menino Paulo Veronesi Pavesi, em abril de 2000, em Poços de Caldas, foi condenado a 21 anos de prisão, em regime fechado, na tarde desta terça-feira (19).

Alvaro Ianhez, é acusado pela morte e retirada ilegal de órgãos de Paulo Veronesi Pavesi há 22 anos. O Julgamento teve início nesta segunda-feira,18, no Tribunal do Júri na capital, onde foram ouvidas, a única testemunha de acusação que é Paulo Airton Pavesi, pai da criança, além de cinco testemunhas de defesas, e o Alvaro.

Os depoimentos aconteceram todos de forma virtual. Haviam testemunhas das cidades de Poços de Caldas, Porto Velho (RS), Campinas (SP) e Cruzília (MG). Alvaro participou de um endereço em São Paulo e o pai de Paulinho, diretamente de Milão, na Itália.

Nesta terça-feira, ocorreram as alegações da acusação e defesa, depois a decisão dos jurados. O conselho de sentença foi composto por quatro mulheres e três homens.

O julgamento era para ter sido realizado em outubro do ano passado, mas foi adiado após o médico dispensar oito advogados e ficar sem defesa constituída. O médico agora possui na defesa um defensor público e o advogado Luiz Chimicatti que em abril deste ano pediu habeas corpus, mas teve o pedido negado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais.

Álvaro foi denunciado pelo Ministério Público como chefe de um esquema de tráfico de órgãos, o processo dele foi desmembrado dos outros médicos em razão de um agravo que deveria ser julgado.

Em janeiro de 2021, dois dos três médicos que estavam em julgamento pelo Caso Pavesi, foram acusados pela morte de Paulinho. José Luis Gomes da Silva e José Luis Bonfitto foram condenados a 25 anos de prisão e não puderam recorrer em liberdade. Já Marco Alexandre Pacheco da Fonseca foi absolvido pelo júri. O pai da vítima estava presente no momento da leitura da sentença.

Caso Pavesi

Em 2000, os médicos José Luis Gomes da Silva, José Luis Bonfitto, Marco Alexandre Pacheco da Fonseca e Álvaro Ianhez foram denunciados pelo Ministério Público por homicídio qualificado de Paulo Veronesi Pavesi, que na época tinha dez anos.

Conforme a Justiça, os quatro médicos teriam sido responsáveis por procedimentos incorretos na morte e remoção de órgãos do garoto, após ele cair de uma altura de dez metros no prédio onde morava. O exame que apontou a morte cerebral teria sido forjado e o garoto ainda estaria vivo no momento da retirada dos órgãos.

As informações são do Portal Onda Poços, associado AMIRT

Pesquisar