Marcas precisam se adaptar durante a pandemia de coronavírus, afirma estudo

Sessenta e cinco por cento dos consumidores consideram, de acordo com a edição especial do Edelman Trus Barometer, que a crise vivenciada durante a pandemia de coronavírus exerce impacto significativo na disposição de compra de qualquer produto ou serviço. Além disso, a pesquisa destaca também que a forma com que as marcas se comportam neste período terá grande influência nessa disposição de consumo.

Doze mil pessoas participaram do estudo, que incluiu as principais economias do mundo. Dos respondentes, 62% acreditam que os governos serão capazes de enfrentar a crise sem o suporte das empresas. Porém, 90% delas afirmaram que a participação das marcas seria importante neste período.

A pesquisa revela ainda que 90% esperam que as marcas mantenham o público informado sobre as mudanças que fizerem e como estão operando. Dos participantes, 84% afirmam esperar que as empresas concentrem sua publicidade em como os produtos e serviços podem ajudar as pessoas a lidarem com os desafios da vida referentes à pandemia.

Ainda conforme o estudo, 57% dos respondentes não aconselharam propaganda ou comunicação com muito humor ou em tom alegre. Um artigo baseado nesta pesquisa foi publicado pela Harvard Business Review com autoria da professora Jill Avery e do próprio Richard Eldeman. No texto, eles argumentam que ajustes de conteúdo e linguagem devem ser realizados para o período.

A identidade visual do Mercado Livre passou por adaptações após anúncio da pandemia. Foto: Reprodução/Mercado Livre

Dentre os exemplos de adequação estão o Walmart, Mercado Livre e o Mc Donald’s do Brasil. O Walmart veiculou vídeos na TV e na Internet usando seu próprio CEO para afirmar que seus colaboradores são verdadeiros “heróis do varejo”. O Mercado Livre mudou sua identidade visual, antes de mãos dadas, hoje com cotovelos se tocando. Já o McDonald’s separou o M em duas partes para reforçar o distanciamento social, assim como o Mercado Livre.

Para reforçar o distanciamento social, a empresa separou a famosa letra M. Foto: Reprodução/Mc Donald’s do Brasil.

Jill e Richard explicam que o maior perigo está na falta de comunicação das marcas, tendo em vista que pelo menos um quarto delas se silencia.  “As marcas que respondem ao apelo dos consumidores com ações baseadas em soluções e compaixão que criam valor real têm uma tremenda oportunidade de reforçar a confiança nelas e de gerar lealdade, pois estão ajudando a salvar o mundo,” diz o artigo.

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