Uma boa atuação contra o Santos. Um decepcionante desempenho contra o São Paulo. Em duas rodadas do Campeonato Brasileiro, o Atlético foi aos extremos em relação à postura em campo. Se na vitória sobre o Peixe, no fim de semana passado, o time mereceu elogios, contra o Tricolor, neste domingo, no Morumbi, foi alvo de cobranças. Não só pelo resultado – derrota por 2 a 0 -, mas, principalmente, pelo comportamento do time. A oscilação incomodou o técnico Vagner Mancini.
“É engraçado, o futebol nos reserva momentos diferentes. O Atlético, hoje, não fez um bom jogo, muito aquém do pode ser e do que deve ser. Um time, que domingo passado fez um jogo muito interessante contra o Santos, com velocidade, hoje, não teve essa intensidade”.
E foi justamente a palavra intensidade a mais usada por Mancini na entrevista coletiva. O treinador foi claro. Se não recuperar essa postura em campo, o Atlético vai sofrer.
“Sempre que o Atlético não jogar com intensidade, ele vai sofrer na partida. Além de ser DNA do clube, é a característica dos jogadores. Temos que botar intensidade”.
O Galo volta a campo na próxima quarta-feira. A equipe recebe a Chapecoense no Independência. Sem tempo para treinos, Vagner Mancini já deu o recado aos jogadores. Ainda no vestiário do Morumbi, cobrou:
“Eu já conversei com os atletas no vestiário. É necessário a gente ter uma intensidade maior. Sabemos que nossa torcida está chateada, e com razão, porque não pode ver o Atlético jogando bem um jogo e mal o outro”.
Opção por Vinícius no time
“A escolha foi baseada na estrutura de jogo do São Paulo. Nós sabíamos que o São Paulo tinha um meio-campo leve, que jogava. Se eu entrasse com o Zé Welison, certamente eu teria mais marcação, e a entrada do Vinícius era para tornar o time um pouco mais leve, um pouco mais agressivo. Se você vier jogar com o São Paulo só se defendendo, você vai dar mais campo a cada momento. O que eu queria era que o Atlético também tivesse a bola, que fosse um time insinuante”.
Análise do jogo
“Houve uma oscilação do Atlético. Até os 10 minutos, o time jogou bem, depois desapareceu até os 25 ou 30, depois voltou a jogar bem. Essa oscilação fez com que a gente não tivesse uma coisa que a gente teve diante do Santos: uma intensidade ao longo dos 90 minutos. Tomamos dois gols muito rápido no segundo tempo, e isso acabou sendo determinante”.
Movimentação do São Paulo
“O São Paulo tinha uma jogada que, além do Reinaldo e do Vitor Bueno, ele vinha com o Liziero até bem perto da linha lateral, aí se o volante saísse para fazer a marcação de perto, ele deixaria espaço no meio, para que essa bola entrasse no Pato. Então, lógico que dentro do jogo, há uma movimentação de peças. Você tem que tentar anular a movimentação de todas as peças. A partir do momento em que há a movimentação, fica difícil de você marcar. No intervalo a gente tentou acertar, mas logo no começo do segundo a gente tomou um gol em um lance de bobeada. Temos que estar mais atentos, bem concentrados no que é para ser feito para que a coisa possa acontecer de forma satisfatória”.
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Postado originalmente por: Minas AM/FM