Com informações de Clarisse Souza para o Jornal “O tempo”
Uma mulher que foi presa por se aproveitar da febre das vendas de roupas online para aplicar um golpe voltou a trabalhar na atividade que a levou para a cadeia em agosto, quando foi detida em Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas Gerais. Uma das vítimas da estelionatária ficou indignada ao descobrir que a golpista, mesmo em prisão domiciliar, criou um novo grupo no WhatsApp para comercializar as peças. Ela teme que a vendedora volte a cometer o mesmo crime e faz um alerta para que outras pessoas não sejam enganadas.
Moradora de Venda Nova, em Belo Horizonte, a vítima comprou cerca de R$ 800 em peças em fevereiro de 2018, após negociação feita pela internet. No entanto, as peças que chegaram eram de péssima qualidade e de modelos diferentes do que os que haviam sido pedidos.
Ela tentou negociar com a comerciante, mas foi bloqueada pela vendedora nas redes sociais. A solução foi acionar a Justiça, que condenou a empresa da vendedora a devolver o valor, com juros, e a pagar R$ 1.000 por danos morais. A ré não se manifestou durante o processo e teve os bens bloqueados neste mês, para o ressarcimento da vítima.
O susto maior, segundo a compradora, foi descobrir que a estelionatária havia passado poucos dias na cadeia e já estava negociando peças pela internet novamente. “Ela começou a reunir os contatos que tinha e, por engano, adicionou minha advogada no grupo do WhatsApp. Minha vontade é pegar cada contato que está no grupo e mandar uma mensagem revelando quem é essa vendedora”, diz a mulher, que pediu para ter o nome preservado.
A Polícia Civil informou que, desde a prisão, há registro de uma nova queixa contra a golpista, em 22 de agosto, pelo mesmo crime. A suspeita havia sido presa em 13 de agosto deste ano, acusada de dar o golpe em mais de 20 vítimas.
Ela deixou a cadeia em 31 de agosto, após expedição de alvará de soltura, e passou cumprir prisão domiciliar, segundo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). O processo pelo crime de estelionato continua em tramitação na corte.
Outro lado
Sem contato. A reportagem de O TEMPO telefonou diversas vezes para a vendedora suspeita nesta segunda-feira (8), mas não conseguiu contato com ela. As ligações caíram na caixa de mensagens.
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