Pesquisa afirma que as expectativas dos comerciantes aumentaram em relação à economia do país, ao comércio e à empresa
De acordo com a pesquisa Índice de Confiança do Empresário do Comércio, analisada pelo núcleo de Pesquisa & Inteligência da Fecomércio MG e aplicada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) em Belo Horizonte, o ICEC continua em nível de satisfação, aos 109,2 pontos. A pontuação de novembro registra oscilação negativa de 0,3 pontos percentuais em relação a outubro. No entanto, as expectativas dos comerciantes aumentaram em relação à economia do país, ao comércio e à empresa o que faz elevar as metas de contratações em 80,9% das empresas com até 50 funcionários e em 85% das empresas com mais de 50 empregados.
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) é subdividido em outros três indicadores: Índice de Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC), Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC) e Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC).
Condições atuais da economia, do comércio e das empresas
No mês de novembro, o Índice de Condições Atuais do Empresário do Comércio (Icaec) atingiu 80,6 pontos, 4,7 pontos inferior ao observado no mês de outubro (85,3), refletindo especialmente a percepção de empresas com menos de 50 empregados. Para a maioria dos empresários do comércio de Belo Horizonte, a condição atual da economia piorou (71,6%). Esse total se divide em 35,2% que disseram ter piorado pouco e 36,4% que afirmaram ter piorado muito. O percentual indicativo de piora é maior para os empresários de empresas de menor porte, com menos de 50 funcionários (71,8%).
Para 62,1% dos empresários do comércio, houve uma piora nas condições atuais para o setor, sendo que para 32,9% piorou pouco e para 29,2% piorou muito. Em novembro, houve um aumento de 2,7 pontos percentuais de empresários com percepção de piora nas condições atuais se comparado a outubro. As empresas que comercializam bens duráveis são as que mais perceberam piora.
Em relação às condições atuais da empresa, 47,5% afirmaram que houve piora, aumento de 2,1 pontos percentuais de empresários com esta percepção em relação ao mês de outubro. Para um contingente de 37,6%, as condições atuais da empresa melhoraram pouco e para outros 14,9%, melhoraram muito.
Entre os empresários com até 50 empregados, 47,8% perceberam piora das condições do estabelecimento, o que ocorre para 35,6% dos empresários com quadro de funcionários superior 50 empregados.
Expectativa para economia, o comércio e a empresa
O Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC) fechou a 137,5 pontos em novembro, superando o observado no mês anterior (137,0). As expectativas das empresas de menor porte, com até 50 empregados, se mostram mais otimistas do que as de maior porte. Na comparação com outubro, os empresários do comércio estão mais otimistas quanto à situação econômica futura do Brasil. Para 68,1% a percepção é de melhora em relação ao cenário econômico, resultado 1,0 ponto percentual maior ao observado no mês anterior. Esse total se compõe de 44,0% que consideram que melhorou pouco e 24,1% que perceberam muita melhora.
O cenário é de mais confiança na melhora para o comércio, na comparação com o mês anterior. Em novembro, 77,8% disseram acreditar nessa evolução, superando o observado em outubro (77,3). Para 46,5% deve melhorar pouco e, para 31,3%, o comércio deve melhorar muito.
As expectativas para as próprias empresas aumentaram em novembro, quando 84,6% disseram acreditar que as vendas irão melhorar, crescimento de 1,2 ponto percentual da mesma resposta na comparação com o mês anterior. Para 45,8%, as vendas devem melhorar pouco e, para 38,8%, devem melhorar muito.
Contratações, nível de investimento e estoques atuais
O Índice de Investimento do Empresário do Comércio (ILIEC) fechou novembro em 109,4 pontos, 3,2 pontos percentuais acima do observado em outubro (106,2). A pesquisa mostra que 80,9% dos empresários com até 50 empregados têm a intenção de aumentar o número de funcionários. Para 66,8% deles, as contratações vão aumentar pouco e para 14,1% elas vão aumentar muito. Por outro lado, 85% das empresas do comércio da capital com mais de 50 funcionários devem contratar, entre elas 30% devem ampliar muito as admissões.
Fernanda Gonçalves, economista da Fecomércio MG, destaca o comportamento dos empresários do comércio.
“Ainda que haja uma percepção negativa nas condições econômicas devido as elevadas taxas de juros (12% ao ano) e a taxa da inflação a (4,84% ao ano), os empresários do comércio continuam a exibir otimismo em relação ao desempenho de suas empresas em novembro, 77,8% disseram acreditar nessa evolução, superando ao observado em outubro. Esse cenário de otimismo aliado ao aumento das vendas na Black Friday com a perspectiva de melhores vendas para as datas comemorativas do Natal e final de ano, fomenta o mercado de trabalho, com a temporada das contratações dos temporários, para atender ao maior número de clientes esperados nos setores do comércio e serviços,” esclarece Gonçalves.
O nível de investimentos das empresas está maior para 47,0% das empresas, acima do observado no mês anterior (46,0%). Para 44,7% das empresas de maior porte, o nível de investimentos está maior, apresentando aumento no índice em comparação com outubro. Enquanto 65,0% das empresas estão com níveis de estoque adequados, 20,1% estão com excesso de produtos e para 15,0% faltam itens.
Sobre a Fecomércio MG
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais integra o Sistema Fecomércio MG, Sesc e Senac em Minas que tem como presidente o empresário Nadim Donato. A Fecomércio MG é a maior representante do setor terciário no estado, atuando em prol de mais de 740 mil empresas mineiras. Em conjunto com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), presidida por José Roberto Tadros, a Fecomércio MG atua junto às esferas pública e privada para defender os interesses do setor de Bens, Serviços e Turismo a fim de requisitar melhores condições tributárias, celebrar convenções coletivas de trabalho, disponibilizar benefícios visando o desenvolvimento do comércio no estado e muito mais. Há 86 anos fortalecendo e defendendo o setor, beneficiando e transformando a vida dos cidadãos.