Mais de 1 milhão de pessoas são portadoras de vitiligo no Brasil

Com a hashtag “Não me afeta”, desde 2017, a psicóloga amazonense Carolina Sequeira, de 32 anos, usa as redes sociais para reunir fotos e incentivar o debate sobre o vitiligo. A campanha surgiu após uma página de memes fazer uma postagem preconceituosa sobre uma pessoa com a doença.

Aos 18 anos, Carolina Sequeira teve o diagnóstico de vitiligo. Para ela, no início foi difícil aceitar ser portadora de uma doença crônica. Mesmo assim, ela buscou tratamento com dermatologistas, inclusive bem distante de casa, no Rio de Janeiro, além acompanhamento psicológico, e agora lida bem com a condição.

O dermatologista e professor aposentado da Universidade de Brasília Roberto Azambuja explica que o vitiligo é uma doença não contagiosa caracterizada pela perda de pigmentação da pele que provoca áreas brancas. O médico ressalta que a causa da doença não é conhecida, apenas os fatores desencadeantes.

O médico explica que o vitiligo pode tomar várias formas: dos dois lados do corpo; com apenas uma mancha que não aumenta nem desaparece; de um lado só, seguindo o trajeto de um nervo; e há também o tipo progressivo, que vai aumentando até atingir toda a pele. Sobre o tratamento, Doutor Azambuja explica que é individualizado e demorado.

O especialista ressalta que o vitiligo vulgar não tem sintomas físicos, havendo o risco de queimadura quando as manchas são extensas e o paciente não toma os devidos cuidados com a exposição solar. Já os sintomas psicológicos atrapalham principalmente aqueles que se sentem envergonhados e rejeitados por quem não conhece a doença.

Além de buscar ajuda profissional, conversar sobre a doença e manter relações sociais são estratégias usadas pela psicóloga Carolina Sequeira.

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia, mais de 1 milhão de pessoas são portadoras do vitiligo no país. A doença pode surgir em qualquer idade, mas é mais frequente até os 20 anos.

As informações são da Agência Brasil.

Foto ilustrativa: Pexels

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