Começou na manhã desta terça-feira (25) o júri popular do caso do assassinato de Claudia de Paiva Rezende Alves, 47 anos, cujo cadáver só foi localizado cinco meses após a mulher ter desaparecido. O suspeito do crime, que está preso desde agosto do ano passado, é seu ex-companheiro, Jaime Tristão Alves, 41. Ele vai júri popular por feminicídio e ocultação de cadáver.
De acordo com o juiz que preside a sessão, Paulo Tristão, a primeira etapa será a escolha dos jurados. Em seguida, segundo ele, por pedido das partes, os jurados serão levados a alguns locais que envolvem a trama criminosa. Acompanhados do juiz, o grupo, no primeiro momento, fará o trajeto que Claudia percorreu quando saiu de casa, no Bairro Nova Era, Zona Norte, mesmo bairro onde foi abordada pelo suspeito. Depois há expectativa que o grupo siga para o local onde o cadáver foi localizado, na Barreira do Triunfo, mesma região.
De acordo com o magistrado, cerca de dez pessoas, entre defesa e acusação, devem ser ouvidas. Não há estimativa de quanto tempo o julgamento pode durar.
O caso
Moradora do Bairro Nova Era, na Zona Norte, Claudia desapareceu no dia 6 de julho do ano passado. O ex-marido foi quem realizou o boletim de ocorrência do desaparecimento, mas, segundo os policiais, teria caído em contradição. Após as suspeitas se recaírem sobre ele, o homem deixou a cidade, mas acabou preso pela Polícia Civil no dia 8 de agosto do ano passado, em uma casa em Rochedo de Minas, município da Zona da Mata, situado a cerca de 50 quilômetros de Juiz de Fora.
O cerco contra Jaime ocorreu após a polícia conseguir mostrar, por meio de imagens de câmera de segurança, que Claudia teria entrado no carro dele, quando foi vista pela última vez na Rua Eraldo Guerra Peixe, em Nova Era.
No dia 10 de dezembro, a Polícia Civil localizou o corpo da mulher em uma mata às margens de uma estrada vicinal no Bairro Barreira do Triunfo, próximo à BR-040. Devido ao avançado estado de decomposição, não foi possível identificar a causa da morte. O cadáver estava com as mesmas roupas que a vítima usava quando foi vista pela última vez no Nova Era: calça jeans, blusa rosa e botas marrom.
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Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora
