Juiz de Fora tem dez casos suspeitos de coronavírus

Conforme atualização do Ministério da Saúde, mais nove casos foram confirmados nesta terça: três em São Paulo, um no Rio Grande do Sul e cinco no Rio (Foto: Erasmo Salomão)

Dez casos suspeitos de coronavírus em Juiz de Fora estão sendo investigados. A informação foi divulgada no boletim epidemiológico publicado pela Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) na tarde desta terça-feira (10). De acordo com a Secretaria de Saúde de Juiz de Fora, os pacientes apresentaram sintomas brandos, portanto, estão em isolamento domiciliar, conforme recomenda o protocolo do Ministério da Saúde. Os quadros de saúde dos pacientes são monitorados diariamente por um profissional de saúde plantonista do Departamento de Vigilância Epidemiológica (DVEA). O acompanhamento tem por objetivo avaliar se eles apresentam mais sintomas ou se seguem com quadros estáveis.

Além destes casos, outras duas notificações já foram encaminhadas à SES pela Prefeitura de Juiz de Fora, também relacionadas a suspeitas da doença na cidade. Portanto, a previsão é de esses dois casos já apareçam como suspeitos na atualização do documento desta quarta-feira (11). A pasta pontuou que é considerado como suspeito o caso divulgado no boletim da SES. Já as notificações dizem respeito aos casos em que a unidade de saúde responsável pelo atendimento do paciente notificou a vigilância. O Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde de Minas Gerais (Cievs/MG) é o responsável por aceitar ou não a notificação, com base nos critérios definidos em seu Plano de Contingência.

Juiz de Fora tem ainda um caso descartado: o da paciente de 51 anos internada no dia 26 de fevereiro, com histórico de viagem para a Itália, onde há surto da doença.

Mais de 200 registros em Minas

Ainda conforme boletim epidemiológico da SES, há 213 suspeitas em investigação em Minas. O Estado contabiliza ainda 29 casos descartados e um confirmado, em Divinópolis. Registram casos suspeitos 42 cidades mineiras: Alfenas (1), Araguari (2), Araxá (2), Arcos (4), Barbacena (2), Belo Horizonte (77), Betim (3), Caratinga (1), Conselheiro Lafaiete (3), Contagem (14), Córrego Fundo (1), Divinópolis (5), Formiga (2), Governador Valadares (1), Ipatinga (6), Itabira (1), Itajubá (1), João Monlevade (1), Juiz de Fora (10), Lavras (1), Montes Claros (1), Mutum (1), Naque (1), Nova Lima (4), Nova União (1), Ouro Preto (2), Passos (1), Patos de Minas (1), Poços de Caldas (1), Pouso Alegre (1), Sabará (2), Santana do Paraíso (1), São Gotardo (1), São João Del Rei (4), São Sebastião do Paraíso (1), Sete Lagoas (4), Três Corações (4), Uberlândia (17), Varginha (8) e Vespasiano (1).
Outros dois casos notificados no estado são de pacientes oriundos do Distrito Federal e do Pará. Mais 15 casos suspeitos em Minas são de pacientes oriundos de outros países: Alemanha, Estados Unidos, Portugal, Irlanda, Inglaterra e Itália. Um outro caso consta no boletim como município ignorado.

Brasil tem mais nove confirmações

No Brasil, conforme atualização do Ministério da Saúde, mais nove casos de coronavírus foram confirmados nesta terça: três em São Paulo, um no Rio Grande do Sul e cinco no Rio de Janeiro. Desses, sete são importados e dois são de transmissão local, ambos no estado de São Paulo. Com isso, são 34 casos confirmados em todo o país, sendo seis por transmissão local (cinco em São Paulo e um na Bahia), e 28 casos importados. Além disso, são monitorados 893 casos suspeitos; outros 780 já foram descartados.

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Os estados com mais pessoas monitoradas por possibilidade de estarem infectados são o de São Paulo (302), Minas Gerais (122), Rio de Janeiro (199) e Rio Grande do Sul (70). O Ministério já descartou 780 análises de novo coronavírus.

Vacina contra gripe

Em razão do aumento do número de casos de coronavírus, o Ministério da Saúde inverteu a ordem de público-alvo da Campanha Nacional de Vacinação contra Influenza. Na primeira fase da campanha, com início em 23 de março, serão vacinados os idosos e os trabalhadores de saúde, que atuam na linha de frente do atendimento à população. O Dia D será em 9 de maio. No ano passado, a primeira fase da campanha foi destinada à imunização de crianças na faixa etária de 6 meses até 5 anos, 11 meses e 29 dias e gestantes.

A decisão da pasta é uma medida de proteção a esses públicos, em especial aos idosos, já que a vacina é uma proteção aos quadros de doenças respiratórias mais comuns, que dependendo da gravidade pode levar a óbito. Outra preocupação é evitar que as pessoas acima de 60 anos, público mais vulnerável ao coronavírus, precise fazer deslocamentos no período esperado de provável circulação do vírus no país. A primeira fase da campanha começa no dia 23 de março, em todo o Brasil.

Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora

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