A Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) ainda trabalha para finalizar seu Plano Municipal de Vacinação contra a Covid-19. A estratégia vem sendo desenvolvida internamente pela Administração, em especial, pela Secretaria de Saúde. Inicialmente, o planejamento foca na preparação do Município para “que a vacinação comece de forma imediata, logo após a distribuição das doses pelo Governo Federal”, como afirmou a PJF à Tribuna. Assim, são debatidos aspectos diversos, inclusive, quais grupos devem receber a imunização de forma prioritária. “No Plano Municipal, temos como grupos prioritários profissionais da saúde, que atuam na linha de frente de combate ao Covid-19; pessoas com comorbidade; e idosos acima de 75 anos”, adianta a Prefeitura.
Em dezembro, durante a diplomação dos eleitos, a prefeita Margarida Salomão (PT) já havia antecipado que o Município desenvolveria um planejamento para a vacinação no âmbito municipal. Na ocasião, informou, inclusive, que a cidade havia firmado um memorando junto ao Instituto Butantan. O documento sinaliza a intenção de aquisição de um milhão de doses do imunizante que vem sendo desenvolvido pela entidade. A possibilidade, todavia, é vista como um plano B e só seria usada caso ocorra entraves no planejamento nacional do Ministério da Saúde. As estratégias também se somarão a medidas que vêm sendo tomadas pelo Governo de Minas, como, por exemplo, a aquisição de agulhas e seringas.
“O Plano Municipal não diverge das estratégias desenvolvidas em outras esferas de governo, uma vez que atua com atribuições diferentes. O Governo Federal é responsável pela aquisição das vacinas, a esfera estadual é responsável pela compra de insumos como agulhas e seringas”, diz a PJF. Ainda de acordo com o Município, pouco mais de 200 mil seringas a serem usadas para a imunização da população contra a Covid-19 já chegaram à cidade. “Um lote com 169.288 seringas 25x6mm; e 32.250 seringas 20×5,5mm já foi recebido”, pontua a Administração.
Rede de saúde municipal deve ser utilizada para imunização
A Prefeitura reforça a intenção de iniciar de forma imediata a vacinação tão logo receba os imunizantes a serem destinados pelo Governo federal. Para isto, o Plano Municipal de Vacinação deve se pautar na estrutura já existente na rede de saúde juiz-forana como ponto base para os trabalhos.
“Vamos utilizar as estruturas da atenção primária. As unidades básicas de saúde contemplam mais de 60% do território do município. Nos outros 40%, vamos criar estratégias para atender esses territórios de forma rápida e eficiente. Após fazer a avaliação de qual será a melhor estratégia é que teremos como informar o valor com custos e despesas para o processo”, reforçou a Administração.
Estratégias devem ser finalizadas ainda esta semana
Ainda de acordo com a Prefeitura, os trabalhos para a consolidação do Plano Municipal de Vacinação devem ser finalizados ainda esta semana. “A previsão é que o plano seja elaborado até o próximo dia 15 de janeiro.” Os custos para a execução da estratégia ou mesmo aqueles previstos no memorando firmado com o Instituto Butantan, caso seja necessário que o próprio Município faça a aquisição dos imunizantes, ainda não foram divulgados. “Informações sobre custos e quantidade de profissionais envolvidos serão apresentadas após a realização dos levantamentos necessários para a conclusão do Plano Municipal de Imunização”, afirma a PJF.
A Prefeitura reforça ainda que aguarda a definição do Ministério da Saúde sobre como se dará o planejamento de vacinação de abrangência nacional, cenário que parece mais próximo após declarações recentes do ministro Eduardo Pazuello. O Município, contudo, ainda não recebeu quaisquer informações ou detalhes sobre como se desenvolverão as estratégias nacionais. “A nossa missão é fazer com que a aplicação dos imunizantes ocorra de forma rápida e eficiente, para isso o plano está sendo constituído”, destaca o Governo municipal.
Recentemente, Pazuello afirmou que todas as doses das vacinas contra o novo coronavírus produzidas, a serem produzidas ou mesmo importadas pelo Instituto Butantan serão adquiridas pelo Governo federal e distribuídas exclusivamente no Sistema Único de Saúde (SUS).
“As informações que nós temos são as divulgadas pelos veículos nacionais de comunicação e o posicionamento do Ministro da Saúde, revelando a possibilidade de início da distribuição e início da vacinação ainda este mês. Como já destacamos a atribuição para a compra das doses é do Governo Federal, apenas se esta compra não for realizada pelo Governo Federal é que o Município, tentará fazer esta aquisição de forma direta”, explica a PJF.
Na última segunda-feira, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que a vacina poderia começar muito em breve, colocando como possibilidade o dia 20 de janeiro. “A vacina vai começar no Dia D, na Hora H, no Brasil. No primeiro dia que chegar a vacina, ou que a autorização for feita (pela Anvisa), a partir do terceiro ou quarto dia já estará nos estados e municípios para começar a vacinação no Brasil. A prioridade está dada, é o Brasil todo. Vamos fazer como exemplo para o mundo”, sinalizou o ministro.
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