JM Online: Mãe é presa após jogar as filhas pela janela em Uberaba

A Polícia Militar foi acionada por volta de 21h30 desta terça-feira (25) a comparecer na rua João Francisco, no Girassóis 4, em Uberaba, onde se depararam com uma criança de oito anos em estado de choque e se queixando de fortes dores no braço direito. Ela relatou aos militares que sua mãe, uma diarista de 34 anos, havia feito uso de bebida alcoólica e, com isso, ficou muito agressiva.

Ainda de acordo com o registro policial, a menor tentou fugir das agressões saltando pela janela da sala. A diarista desaprovou a atitude e, após agredir a criança, a atirou pela janela, fazendo com que ela se chocasse contra o muro e caísse no chão, segundo contou. Desesperada, a menor saiu correndo pela rua gritando por socorro e escondeu-se na casa de vizinhos, que acionaram a Polícia Militar.

A menina também contou aos militares que, antes de ser agredida e jogada pela janela, a mãe havia agido de forma semelhante com a outra filha, de apenas dois anos de idade. Porém, o pai da criança estava no local e levou a filha embora. Antes, contudo, o homem esmurrou uma porta da casa, cujos vidros caíram sobre a criança de 8 anos.

A menina ainda relatou que não tinha comido nada até aquele momento e só tinha tomado banho na casa da vizinha que lhe socorreu.

Os militares, então, abordaram a diarista, que apresentava comportamento muito exaltado e com claros sintomas de ingestão de bebida alcoólica. Questionada, a mulher confirmou que atirou a filha pela janela e justificou o ato dizendo que a criança queria “sair para a rua”.

Na presença dos militares, a mãe se exaltou passando a dizer frases do tipo: “eu não quero e nunca quis nenhum dos meus filhos!”, “podem levar todos meus filhos, não quero nenhum deles!”. Entre essas expressões, a diarista também pronunciava diversos palavrões e falas indecorosas em relação à filha de oito anos.

Ela apresentava comportamento agressivo jogando e quebrando objetos da casa e jogando os documentos de todos seus filhos no chão, reafirmando mais uma vez que não queria mais nenhum deles.

A menina de oito anos não sabia dizer o telefone ou o endereço de qualquer outro parente que pudesse lhe acompanhar, motivo pelo qual a menor foi acompanhada por uma vizinha, de 31 anos, a qual testemunhou as agressões sofridas pela menor.

O Conselho Tutelar foi acionado para acompanhamento do caso e a conselheira informou os militares que o órgão somente interviria mediante acionamento do delegado, após desfecho da ocorrência. A menor, acompanhada pela vizinha, foi até o Hospital da Criança, onde foi atendida e não ficou constatada fratura no braço, apesar da dor intensa no local. A menina apresentava grande desespero de medo de voltar a ter que morar com a mãe, segundo o registro policial. Diante dos fatos, foi dada voz de prisão à mãe por maus-tratos e agressão contra a filha. A diarista, a criança de 8 anos e a vizinha foram conduzidas até a delegacia de plantão da Polícia Civil para as providências cabíveis.

As informações são do portal JM Online – Associado Amirt.

 

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