O Jardim Botânico da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) recebeu, na última quinta-feira (30), um bicho-preguiça encontrado no Instituto de Ciências Biológicas (ICB), no campus da universidade. Desde 2016, esse é o terceiro animal da espécie a ser introduzido no jardim para ter uma vida livre. A nova preguiça é uma fêmea adulta da espécie Bradypus variegatus e se encontra em perfeito estado de saúde, conforme o vice-diretor da unidade, Breno Moreira.
Apesar de ter sido encontrado nas imediações do ICB, não se sabe exatamente como o animal chegou até o local. A principal suposição é de ela que tenha se deslocado da mata da Faculdade de Educação Física, visto que, segundo a instituição, uma pequena população de bichos-preguiças já foi registrada em áreas ao redor da universidade, como Morro do Cristo e Parque da Lajinha. A captura foi realizada pelo Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas/IEF) de Juiz de Fora. O transporte do animal é feito em gaiolas espaçosas com as garras envolvidas em esparadrapos para evitar ferimentos. A escolha do Jardim Botânico como destino do animal é adequada, afirma Breno Moreira, uma vez que o local suprirá as suas necessidades. A Mata do Krambeck possui área de 512 hectares e vasta vegetação.
As preguiças são animais mamíferos encontrados somente nas Américas. Possuem hábitos diurnos e noturnos e, graças às suas garras, vivem pendurados em copas de árvores, alimentando-se de folhas, ramos e brotos de várias plantas. Pelo seu hábito arborícola, a espécie é altamente vulnerável no chão. Segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), não há uma expectativa de vida precisa sobre esses animais. Machos e fêmeas atingem a maturidade sexual com seis anos, quando, então, alcançam peso e tamanho de um adulto. A preguiça é considerada regionalmente extinta no estado do Paraná.
Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora