O ex-presidente Jair Bolsonaro prestará depoimento na Polícia Federal em Brasília nesta quinta-feira (22). Além dele, outros investigados serão interrogados ao mesmo tempo
Bolsonaro é investigado pela PF na operação “Tempus Veritatis”, por suspeita de planejar um golpe de estado antes das eleições de 2022, para evitar a posse do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em gravações investigadas pela Polícia Federal, Bolsonaro e aliados falam em não esperar os resultados das eleições para agir. Por outro lado, os advogados do ex-presidente afirmam que ele nunca pensou em um golpe de estado.
Foram chamados para prestar depoimentos presencialmente na sede da PF, em Brasília:
- Jair Bolsonaro (ex-presidente)
- Augusto Heleno (general e ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional)
- Anderson Torres (ex-ministro da Justiça)
- Marcelo Costa Câmara (coronel do Exército)
- Mário Fernandes (ex-ministro substituto da Secretaria-Geral da Presidência)
- Tércio Arnaud (ex-assessor de Bolsonaro)
- Almir Garnier (ex-comandante geral da Marinha)
- Valdemar Costa Neto (presidente do PL)
- Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa)
- Cleverson Ney Magalhães (coronel do Exército)
- Walter Souza Braga Netto (ex-ministro e ex-candidato a vice na chapa de Bolsonaro)
- Bernardo Romão Correia Neto (coronel do Exército)
- Bernardo Ferreira de Araújo Júnior.
- Ronald Ferreira de Araújo Junior (oficial do Exército)
A polícia federal decidiu que os depoimentos serão no mesmo horário para evitar que haja combinação de versões e troca de informações. Além dos depoimentos em Brasília, outros investigados vão depor em outras cidades do país; veja
- Rio de Janeiro: Hélio Ferreira Lima, Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros, Ailton Gonçalves Moraes de Barros e Rafael Martins Oliveira;
- São Paulo: Amauri Feres Saad e José Eduardo de Oliveira;
- Paraná: Filipe Garcia Martins;
- Minas Gerais: Éder Balbino;
- Mato Grosso do Sul: Laércio Virgílio;
- Espírito Santo: Ângelo Martins Denicoli;
- Ceará: Estevam Theophilo (esse depoimento é o único marcado para sexta-feira).
Postura de Bolsonaro
Jair Bolsonaro tentou através dos seus advogados adiar o depoimento. No entanto, o ministro Alexandre de Moraes negou o pedido. Pelo que tudo indica, o ex-presidente permanecerá calado no depoimento.