Itatiaia: número de atendimentos em hospitais infantis explode em Minas

Explode o número de atendimentos em hospitais infantis de Belo Horizonte. Um exemplo que serve de exato termômetro está no Hospital Infantil João Paulo II, o antigo CGP, hospital da rede pública que atende gente de tudo quanto é canto de Minas Gerais.

Em BH, e que repete a realidade que vem acontecendo também pela rede particular, pais e mães têm levado seus pequenos para atendimento em sua maioria na área respiratória.

Segundo números apontados pelo pediatra Márcio Arantes, diretor clínico do Hospital Infantil João Paulo II, no ano passado, foram contabilizados em todo ano, 1.600 atendimentos na urgência e emergência contra já quase 4.000 atendimentos em 2021.

Ele destrincha esse balanço assustador: “Em 1.600 atendimentos de urgência e emergência no mesmo período do ano passado, a gente subiu pro número de quase 4.000 nessa mesma época do ano agora, em 2021. Enquanto a gente tinha cerca de 500 a 600 atendimentos até essa época do ano por questões respiratórias em 2020, atualmente a gente já está com um número de 2.600. É uma explosão de casos, cinco vezes a mais”, reforçou o pediatra.

Entre mitos e verdades, o especialista explica algumas razões que levam à piora das crianças.

“A maior parte desses casos são leves, geralmente virais e as infecções virais de via aérea superior ou gastrointestinais são transmitidas pelo Sol, pelo chão gelado ou se tomou chuva um dia, que são uns mitos que a população em geral têm. Mas de fato as mudanças climáticas que a gente vêm presenciando, um tempo que estava muito seco e, de repente, começa a chover ou baixa umidade, sim. Em crianças pré-dispostas a apresentarem quadros já alérgicos, isso pode exacerbar, acentuar a resposta delas e esses quadros das famosas bronquite, rinite, sinusite, na verdade, são quadros geralmente alérgicos. Eles tendem a ficar mais acentuados em crianças já com pré-disposição”, complementou Márcio.

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