Insônia aumenta em 69% o risco de sofrer infarto

Compilado de estudos foram analisados para conclusão da pesquisa

Há alguns anos, distúrbios do sono vêm sendo associados a problemas metabólicos e do coração. Uma análise de estudos destacou que pessoas que dormem cinco horas ou menos por noite têm chance 69% maior de ter um infarto do que pessoas que não sofrem com insônia.

Os pesquisadores revisaram mais de 1.200 estudos publicados entre 1998 e 2019. Desses, nove foram selecionados para análise final. Ao todo, mais de 1 milhão de pessoas com idade médica de 50 anos foram incluídas, sendo que 153 mil tinham insônia.

A insônia é definida por dificuldade persistente para iniciar o sono, dificuldade em manter o sono, acordar precocemente e incapacidade de voltar a dormir. Conforme a OMS, quatro em cada dez pessoas têm alguma dificuldade para dormir.

Ainda de acordo com diversos estudos, os problemas cardiovasculares são a principal causa de mortalidade e 80% poderiam ser evitadas com um estilo de vida mais saudável. Assim, desde o segundo semestre de 2022, a Associação do Coração inclui o sono de qualidade como um dos oito hábitos essenciais para a saúde do coração.

O sono é importante para regulação do organismo. Desta forma, a insônia altera o eixo neuro-hormonal, que envolve a região do encéfalo e as glândulas adrenal e pituitária, conforma a cardiologista Juliana Soares.

As glândulas são responsáveis pela produção de cortisol, ou seja, hormônio do estresse. Com o aumento do cortisol, ocorre a aceleração do processo de aterosclerose, que é a formação de placas de gordura no interior das artérias, assim causando o infarto agudo do miocárdio.

Ainda segundo Juliana, esse é mais um estudo que comprova o impacto da qualidade do sono na saúde cardiovascular.

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