A Polícia Federal anunciou, nesta quinta-feira (4), que o incêndio que destruiu o Museu Nacional no dia 2 de setembro de 2018 teve início em um dos aparelhos de ar-condicionado que ficava no auditório. Fundada em 1818 por Dom João VI, a instituição reunia mais de 20 milhões de itens.
O superintendente da PF no Rio de Janeiro, Ricardo Saad, disse, antes de apresentar o laudo à imprensa, que não iria responder se houve ação criminosa no incêndio, afinal, a investigação ainda continua e não tem uma data certa para divulgação da conclusão do inquérito.
O delegado responsável pela investigação, Paulo Telles, e três peritos, foram os responsáveis por darem detalhes do trabalho que foi feito para que se chegasse a esta conclusão.
Segundo o perito José Rocha, especialista em audiovisual, foram feitas centenas de imagens do museu logo depois que as chamas foram apagadas. Além disso, o museu tinha câmeras que registraram a fumaça, o que permitiu a identificação do local onde as chamas começaram.
De acordo com o perito especialista em incêndio, Carlos Alberto Trindade, o primeiro sinal de fumaça foi registrado um pouco depois das sete horas da noite no segundo pavimento. Mas, com o auxílio de outras imagens, os especialistas descobriram que a fumaça vinha do térreo, especificamente no auditório.
Segundo o especialista em eletricidade, perito Marco Antônio Isaac, não foi encontrado nenhum sinal de curto ou falha provocada por agente externo na rede elétrica. De acordo com ele, foram checados caixas de som e um projetor. Sem sinal de suspeita nesses aparelhos, o próximo passo foi analisar os três equipamentos de ar-condicionado. Aí sim, identificaram que tinha um fio rompido no aparelho que ficava mais próximo do palco do auditório.
Outra informação importante é que foi identificada falha na instalação do sistema de ar condicionado e um deles não tinha aterramento externo. Além disso, não tinha um disjuntor individualizado para cada um dos três aparelhos, como recomendado.
*As informações são da Agência do Rádio.
G.J