O avanço do novo coronavírus no país afeta praticamente todos os setores. No que diz respeito as clínicas voltadas para a medicina nuclear, não é diferente. Em Divinópolis, a INAL que tinha o quadro com dez funcionários, demitiu dois, 20% e muito certo terá que fechar de maneira temporária suas portas, por falta de material, insumos radioativos.
Os insumos usados em diversos exames e tratamentos, são provenientes de alguns países, como Rússia, África do sul, Polônia, Canadá e Argentina. Com o cancelamento dos voos internacionais, não ocorre a chegada do material específico.
De acordo com o médico da INAL, Alexandre Antônio Barroso Vieira, responsável pela unidade na cidade, são quatro médicos que prestam atendimento. “Nós ainda temos algum material radioativo, onde a radiação é baixa, para alguns exames, até no máximo quarta-feira. Como não há expectativa para chegada deste material, corremos o risco de fechar”, avaliou. Barroso, confirmou também que também há registro de baixa procura de pacientes neste período de isolamento social.
A reportagem do sistema MPA, conversou também com o gerente da INAL em Belo Horizonte, Alexandre Guimarães, que confirmou a mesma dificuldade na capital e nas unidades de Itabira e Conselheiro Lafaiete. “Essas unidades também correm o risco de fechamento, por falta dos insumos que são necessários”, afirmou.
No Brasil são perto de 400 clínicas credenciadas para executar os exames e tratamentos e a maioria corre o risco de parar as atividades por falta do material radioativo.
A Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear fez uma carta ao Contra- Almirante, Antônio Capistrano de Freitas Filho, secretário de coordenação de Sistema GSI- Gabinete de Segurança Institucional, pedindo urgência para o Brasil na liberação de voos, para o transporte dos insumos, que com sua falta compromete os tratamentos oncológicos.
ITAÚNA
Em Itaúna a situação difere de Divinópolis. A empresa particular ‘Radio Clínica’, tem funcionado normalmente, com exceção do exame de Cintilografia. De acordo com o gerente Guilherme Machado, a direção se organizou e deu férias para três profissionais do setor e que deverá ser reaberto nos próximos. “Não pensamos em demissão, nossa ideia é manter o quadro de funcionários”, considerou.
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Postado originalmente por: Nova FM