Homem que matou Kelly Cadamuro durante carona é condenado a mais de 42 anos de prisão

Foi condenado a 42 anos de prisão o homem que matou a jovem Kelly Cristina Cadamuro, de 22 anos, durante uma carona combinada via rede social. O crime aconteceu no dia 2 de novembro de 2017, na zona rural de Frutal, no Triângulo Mineiro, km 25 da rodovia MG-255. Outros dois homens compraram objetos que estavam no carro da vítima também foram condenados.

A Vara Criminal da Comarca de Frutal condenou Jonathan Pereira do Prado a 42 anos, 11 meses e sete dias de reclusão em regime fechado e a mais dois anos, 11 meses e sete dias em regime semiaberto. Ele foi denunciado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) por latrocínio, estupro, ocultação de cadáver e fraude  processual, com os agravantes de ser reincidente e de ter cometido o crime por meio cruel, em estado de embriaguez preordenada e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.

A Justiça considerou entendeu que a participação do acusado na reconstituição do crime, seguida da confissão, não deixa dúvidas quanto à autoria dos delitos denunciados no inquérito policial. De acordo com a sentença, detalhes como a abordagem, a imobilização da vítima, o deslocamento da mesma para local ermo e o descarte do corpo no rio foram admitidos por ele.

Carona
Segundo apurado em inquérito policial, o executor da morte da jovem passou a participar de grupos do aplicativo WhatsApp integrados por pessoas interessadas em compartilhar despesas de viagens entre os municípios de Campina Verde/MG, Itapagipe/MG e São José do  Rio  Preto/SP.

Jonathan foi preso no Presídio de Frutal

No dia 21 de outubro de 2017, a vítima anunciou no grupo de carona que pretendia ir de São José do Rio Preto/SP até Itapagipe/MG, na véspera do feriado de Finados. Ciente da postagem, o autor do latrocínio, no dia 31 daquele mês, por meio de um nome falso, entrou em contato com a vítima e manifestou interesse pela carona, afirmando que iria junto de sua namorada. “O réu induziu a vítima a erro com o  propósito  de  levar  a  cabo  os  crimes  que  seriam  praticados  em  subsequência, objetivando, covardemente, que a jovem não temesse viajar apenas com ele”, diz trecho da denúncia oferecida pela Promotoria de Justiça de Frutal.

Segundo as investigações, na data acertada, por volta das 18h35, após consumir cocaína e bebida alcoólica, com o intuito de encorajar-se à execução do plano, munido de uma corda, encontrou com a vítima, afirmando que sua namorada não poderia viajar naquele dia e que seguiria sozinho.

Durante o percurso, após pedir à vítima que parasse o carro, atacou a jovem e deu uma gravata para desmaiá-la. Conforme a denúncia, ele retirou a  vítima com  vida do  banco traseiro do carro e a arrastou por alguns metros até o matagal, onde praticou estupro contra a jovem, consistente em “contemplação lasciva ou com a prática de atos libidinosos que não deixaram vestígios”.

“A fim de evitar que a vítima o reconhecesse futuramente e para possibilitar que seus bens fossem subtraídos sem resistência, o executor comprimiu a corda que estava amarrada ao pescoço da jovem, executando-a cruelmente por asfixia mecânica decorrente de enforcamento”, concluiu a denúncia. O MPMG acrescentou que o corpo da vítima foi lançado às margens do Ribeirão Marimbondo, em local de difícil acesso, como forma de ocultação.

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Postado originalmente por: Portal V9 – Vitoriosa

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