As investigações da Polícia Civil confirmaram que a vítima Elizângela Gomes Vieira, de 37 anos, foi morta pelo marido no dia 29 de junho, em Montes Claros, na região Norte Minas Gerais.
A vítima foi encontrada morta dentro da própria residência, localizada no bairro Tancredo Neves. Na ocasião, o crime foi registrado como suicídio, já que o marido da vítima alegou ter sido o primeiro a chegar no local. O homem ainda disse que tentou reanimar a mulher.
No entanto, foi a filha do casal que encontrou a mãe com uma corda de ginástica ao lado do corpo. O marido da vítima identificado como Gilvan Vieira Pinto, de 43 anos, afirmou que a vítima tinha se pendurado no caibro do telhado da varanda e, em seguida se enforcado.
Além disso, Elizângela estava em processo de separação do marido, que passou a residir na casa da mãe dele, ao lado da residência onde a vítima morava com a filha de 20 anos.
Segundo as informações da Polícia Civil, Gilvan não foi ao IML para a liberação do corpo e não compareceu ao velório, além de não ter arcado com o serviço funeral, deixando a despesa para a família de Elizângela.
O delegado, Bruno Rezende, informou que, nas investigações foi descoberto que Gilvan matou a esposa por enforcamento e que ele teria simulado o suicídio.
Rezende ainda ressaltou que uma das conclusões da necropsia apontou que vários hematomas no pescoço que revelavam que a mulher tinha sido vítima de violência praticada por outra pessoa.
As investigações também concluíram que o autor do crime chegou a pendurar o corpo em uma certa altura da varanda da residência.
De acordo com o delegado as investigações e os laudos da necropsia descaracterizaram o suicídio e confirmaram que Gilvan alterou a cena do crime.
Rezende também disse que o crime foi premeditado, já que o suspeito não aceitava o fim do relacionamento e teria colocado um programa espião no telefone da vítima.
Sendo assim, o homem começou a monitorar, em tempo real, as ligações e as trocas de mensagens dela com um outro homem. Gilvan também teria colocado um rastreador na moto de Elizângela.
O suspeito negou a autoria do crime. Mas, mudou de versão e chegou a admitir que a mulher foi vítima de homicídio, ou seja, acusando o homem com quem Elizângela estava saindo.
Porém, a Polícia Civil encontrou provas de que no dia da morte da mulher, o seu atual companheiro estava trabalhando.