Homem detido durante passagem de Bolsonaro por Três Corações é alvo de investigação da PF

Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro esteve presente na formatura do Curso de Formação de Sargentos da Escola de Sargentos das Armas (ESA), em Três Corações. Na cerimônia, foram diplomados 573 novos sargentos combatentes do Exército Brasileiro sendo 197 de Infantaria, 71 de Cavalaria, 67 de Artilharia, 82 de Engenharia e 156 de Comunicações.

Mas, durante a passagem de Bolsonaro pela cerimônia o que houve também, foi problema. A Polícia Federal instaurou um inquérito para apurar se um homem, de 25 anos, que foi detido na última sexta-feira, 25, planejava um ataque contra o presidente durante a sua passagem pela formação dos sargentos da ESA.

O homem foi detido após publicar vídeos nas redes sociais em que aparece tramando um suposto plano contra o presidente. Em explicações dadas á polícia, o suspeito disse que tudo foi publicado e dito no vídeo de forma irônica.

Todas as postagens foram feitas de dentro da sede onde acontecia a cerimônia, na área do Exército, onde, segundo depoimento do suspeito, ele trabalhava na empresa terceirizada contratada pela ESA para limpeza. Ele foi detido em casa após ter sido denunciado por uma pessoa que viu a publicação e encaminhou a prova até o Serviço de Inteligência Militar.

O material que motivou a denúncia inclui uma foto sobreposta de um texto no qual o suspeito chama a área do Exército de “toca do lobo”; e um vídeo em que ele aparece no local, dizendo que estava analisando a área para um suposto plano: “Na hora que o Bolsonaro chegar aqui, eu acertar ele”.

O homem foi liberado ainda na sexta-feira por não haver situação de flagrante. Já no domingo (1º), foram cumpridos mandado de busca na cada dele em Três Corações e em um outro endereço em Alfenas. Segundo a PF, foram apreendidos celulares, computadores e mídias. Um CD com os vídeos e as fotos postados já havia sido recolhido durante a detenção.

O caso está em andamento confidencialmente pela justiça e o prazo para conclusão do inquérito é de 30 dias. O homem pode ser indiciado pelo artigo 20 da Lei de Segurança Nacional, que cita, entre outras coisas, atentado pessoal por inconformismo político. Se condenado, a pena pode variar de 3 a 10 anos de prisão.

 

 

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Postado originalmente por: Portal Onda Sul – Carmo do Rio Claro

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